Pedagogia Contemporânea!
Acordos e Valores!
(Viviane Mosé)
Assisti o vídeo e li a reportagem de Viviane Mosé e retirei falas de reflexão que todo educador-professor precisa se dar conta.
Refletir e se resolver.
Buscar, contestar, reavaliar e caminhar pedagogicamente para uma prática de mais acordos e valores com a real comunidade familiar-discente.
Viviane Mosé, psicóloga, psicanalista, escritora e apresentadora do programa Liberdade de Expressão, da Rádio CBN, nos apresenta a leitura e releitura sobre quais são os caminhos que nossa sociedade está tomando e sobre como podemos mudar estes caminhos.
“O humano que somos hoje é complicado, difícil e vive uma crise gravíssima de valores. Temos a obrigação de criar um novo ser humano mais amplo, mais aberto, que aceita e valoriza as diferenças”.
"O que nos diferencia dos demais animais é que somos seres que não apenas vivem, mas que sabem que estão vivendo, e que o homem é uma espécie que, além de material, é moral. Não aquela moral estabelecida, mas o que ela chamou de capacidade moral". “A moral é um conceito que muda de acordo com a época, mas a capacidade moral é eterna”. “Capacidade moral é criar ‘leis’ para si mesmo, criar contornos e valores, e a liberdade humana é justamente essa capacidade de estabelecer ‘leis’ e limites para si mesmo.”
Segundo Viviane, a tecnologia teve um impacto muito positivo nas nossas vidas, mas não resolveu nossos problemas morais. “A tecnologia juntou as pessoas virtualmente e objetivamente, mas não reuniu moralmente”.
"Hoje o mundo virtual não é mais apenas um lugar de troca, mas a casa de muitas pessoas, onde elas vivem suas próprias fantasias, e essa perda da noção da realidade é perigosa. “Será que, que o rapaz que matou 12 crianças numa escola do Rio de Janeiro tivesse uma noção mínima de realidade, isso teria acontecido? Nossa cultura e o modo como nós vivemos criaram esse rapaz e, como ele, muitos outros podem surgir”.
Segundo ela, é a instituição mais problemática do mundo: a escola.
Para Viviane, a escola – que surgiu como um espaço de alegria, de pensamento e, principalmente, de formação humana e estímulo da criação de valores – transformou-se numa instituição que só visa a formação para o mercado de trabalho.
Ela explicou que este modelo surgiu em decorrência da industrialização – que gerou uma urgência por mão de obra – e do regime militar, quando as matérias reflexivas, como filosofia e sociologia, foram retiradas da educação por medo do comunismo. “Há 40 anos, fomos proibidos de pensar. Só que o regime militar não existe mais, nossa sociedade não é mais industrial, mas a escola continua igual: não permitindo pensar, não permitindo viver, e repleta de conteúdos abstratos.”
Viviane faz um convite em forma de provocação: que todos assumam a responsabilidade de transformar a escola em um lugar vivo e alegre, para que as crianças entendam que a educação é um presente, e não uma imposição.
“A escola, que deveria dar tempo para o aluno pensar, ocupa esse aluno com conteúdos inúteis; a escola, que deveria objetivar o aprendizado, abstrai.
Precisamos abandonar essa escola abstrata, submetida à disciplina, ao medo e ao mercado de trabalho, e abraçar uma educação submetida à vida, à formação humana e à alegria. E isso não quer dizer abrir mão do conteúdo, mas trabalhar o conteúdo a partir da vida”.
Fontes:
Para a filósofa Viviane Mosé, a escola contemporânea precisa saber ensinar o aluno do século 21 a aprender a aprender por Davi Lira - 9 de setembro de 2013
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