sábado, março 03, 2012

"VI,LI,GOSTEI E RECOMENDO"

Image Hosted by ImageShack.us
                                                                    SELINHO"VI,LI,
GOSTEI E RECOMENDO"

Quem me ofereceu este selinho foi a amiga Krika do

A postagem que escolhi do blog dela  foi  sobre o lúdico na aprendizagem, principalmente referente no processo de alfabetização e letramento.
Recomendo para todos os professores e especialistas que trabalham com alfabetização, pois sei que cada professor iniciante ou não, procura estar mais perto e compreender esse universo infantil no mundo da alfabetização inicial no ensino fundamental, a partir do 1o. ANO. 
Afinal, como oportunizar à alfabetização prazerosa e significativa?


Acompanhe a postagem a seguir:
                                                                       Aprendizagem lúdica

Para fundadora do Ceale - instituição de referência na questão da leitura e da escrita  a Educação Infantil deve promover o desenvolvimento social e cognitivo da criança, sempre enfatizando as dimensões lúdicas desse processo.

A educadora discute a seguir as possibilidades curriculares da educação infantil e defende a importância do trabalho com a literatura infantil para o processo de letramento.
Eu considero importante toda a entrevista, até tentei copiar partes mais diretas para um conhecimento metodológico mais rápido. Porém, vale a pena ler tudo,  para seu conhecimento pessoal, cara colega do Ensino Infantil.
Lendo daqui e dali nós conseguimos decifrar enigmas metodológicos e partirmos para novos desafios, porque o magistério é isso,cheio de labirintos e ninguém tem fórmulas prontas.
Tudo deve ser feito na experiência, junto dos alunos. Cada um tem seu jeito.
Aquele professor que simplismente pega sua bagagem,às vezes de 25 anos dentro de uma classe,  aposenta e joga fora sua experência sem repassar nada ou deixar alguma marca para os novatos , não é um verdadeiro educador. Precisamos tirar o ranso de que ser professor é "padecer no paraíso", Claro,existem obstáculos imensos até. Mas, não custa sonhar...
Enquanto não tivermos cursos preparatórios adequados, como diz a entrevistada, podemos partilhar experiências. Eu chamo isto de Pequenas Ternuras...

Vamos a entrevista:
Como a senhora vê a questão do currículo na educação infantil, especialmente com relação ao contato com a escrita e a leitura?

Na educação infantil, devemos enfrentar uma longa tradição de algo que começou com o significativo nome de jardim da infância, com a ideia de que a criança ficaria ali para desenvolver-se espontaneamente, com pessoas que estariam ali apenas atentas ao que elas faziam. Esse é um conceito errôneo de educação infantil, o conceito de que, nessa etapa, não deve haver aprendizagem. Há, ainda hoje, quem rejeite que as instituições voltadas a essa fase sejam chamadas de escolas. Na realidade, essa fase representa o início da educação formal das crianças. 


O que diferencia essa educação formal da educação familiar, e também da educação que se dava em instituições, antes das novas concepções de educação infantil?
É que na educação infantil se formaliza a educação da criança. E uma das maneiras de fazer isso é criando um currículo que oriente a criança em sua progressiva inserção no mundo social, no mundo da natureza, e propicie oportunidades para que ela desenvolva linguagens, por meio de sua introdução no mundo da música, da expressão corporal, das representações simbólicas e também no mundo da escrita. É uma fase em que a criança está se desenvolvendo em várias frentes, desde a motora, a do convívio social, da inserção cultural, etc. A escola propicia o processo formal de inserção da criança na sociedade e em sua cultura. E uma parte importante desse processo é a introdução à escrita, ao mundo do impresso. Então é também o momento em que a criança deve e pode ser introduzida no mundo do letramento.


Como as bibliotecas ou o livro devem estar presentes nessas escolas?

Esse é um aspecto importante da introdução no mundo da escrita, que se faz por diferentes meios. Um deles é o contato da criança com o material escrito, com a língua escrita, e um lado fundamental disso é a criação de um contexto de letramento, em que a criança conviva com material escrito em suas várias formas e gêneros. Nesse contexto de letramento, a biblioteca tem um papel fundamental, e essa é uma das barreiras que devem ser vencidas na educação infantil. Por exemplo, no programa ProInfância, em que o MEC oferece a planta para a construção de creches e escolas de educação infantil nos municípios, essa planta vem surpreendentemente sem espaço para biblioteca.


Isso não foi modificado?

Tive oportunidade de levantar essa questão, mas não tive notícia de modificação. Sei que algumas instituições que já estavam em construção, em municípios em que as pessoas têm sensibilidade para essa questão, estão destinando alguma parte da planta para biblioteca. Mas há resistências a isso. Aqui mesmo em Belo Horizonte, incluir a biblioteca num programa de construção de creches foi uma conquista bem recente, resultado da campanha que está havendo no país todo para a formação de leitores. Por outro lado, para lembrar um importante dado positivo, o Programa Nacional da Biblioteca da Escola (PNBE), que até dois ou três anos atrás não incluía a educação infantil, já está na segunda edição em que a educação infantil é contemplada. E é interessante, porque num primeiro momento, o PNBE incluiu a chamada pré-escola, crianças de 4 e 5 anos. Já agora, na edição para 2012, incluiu-se também a creche, com livros para crianças de 0 a 3 anos. Isso representa uma posição do próprio MEC de que a criança deve ter contato com o livro desde a creche, e a escola deve dispor de livros e de biblioteca para toda a faixa da educação infantil. É uma concepção bem recente, que felizmente está se difundindo, embora ainda haja grupos de resistência ao letramento e à alfabetização - o que já é outra conversa - na educação infantil.


O que caracteriza os livros que estão sendo escolhidos pelo MEC para essa etapa da educação?

Isso introduz um novo componente na nossa conversa, que são as editoras. As editoras têm tido dificuldade em identificar o que é adequado para a educação infantil, exatamente por falta de tradição nessa área. O PNBE tem tido alguma dificuldade de constituir acervos para essa faixa etária. Assim, enquanto as editoras inscrevem um número enorme de livros para os ensinos médio e fundamental, a educação infantil, como também a Educação de Jovens e Adultos, recebe um número bem menor de inscrições de títulos. Isso mostra a pouca produção para essas faixas e o conhecimento precário de editoras e autores sobre o tipo de livro que é mais adequado para crianças que ainda não leem, que ainda não estão alfabetizadas, mas que devem ser inseridas no mundo do livro, da escrita, da literatura.


É curioso isso, pois temos uma tradição de literatura infantojuvenil, inclusive com muitos livros apenas de imagens. Isso ainda não está dialogando bem com o processo de seleção?

O PNBE, como também o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), têm tido uma influência muito positiva. Pelos critérios de seleção, as editoras vão compreendendo o processo. Já percebo uma diferença do primeiro PNBE destinado à educação infantil para este segundo. Há uma aproximação maior do tipo de livro adequado para crianças nessa faixa etária.


Que papéis a literatura infantil pode desempenhar nesse primeiro contato das crianças com as letras?

São muitos. Primeiro, o próprio conhecimento do objeto livro, a familiaridade com ele, o saber que objeto é esse, a possibilidade de manipulá-lo. Essa é uma das questões que dificulta a produção para a educação infantil, pois o livro deve ter algumas características materiais adequadas à criança. Por exemplo, o ideal seria que as páginas fossem cartonadas, para que o livro fosse resistente e crianças que ainda não têm suficiente coordenação motora pudessem manipulá-lo. Livros-brinquedo, livros pop-up, fascinam as crianças. Para a creche, seriam importantes livros de pano. Mas essas alternativas tornam a produção do livro difícil e sobretudo cara. Uma parte significativa dos melhores livros para a educação infantil são títulos traduzidos de outros países que não enfrentam as mesmas dificuldades econômicas que as editoras daqui enfrentam. São livros muito caros, que acabam não sendo inscritos no PNBE, pois o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) compra os títulos a preços baixos. Então, não compensa para as editoras inscrever livros de custo alto, pois não teriam condições de vender esses livros para o MEC pelo preço que é proposto. Um outro aspecto importante é que esses livros são traduzidos para o português por contratos com editoras estrangeiras, a maioria da Europa e dos Estados Unidos, e normalmente não é possível fazer uma edição específica para vender ao governo. Em geral, são edições pequenas, fruto de acordos com editoras de outros países, e isso acaba dificultando a chegada desses títulos. Mas, aos poucos, estamos começando a produzir livros adequados. Por exemplo, aumentou muito a produção do livro só de imagens, sem texto, que é um tipo de livro importante para as crianças pequenas, embora também seja importante o livro com imagens e pouco texto. É importante também o livro com uma quantidade maior de texto e ilustrado, que é o livro que a professora vai ler para a criança, uma forma de leitura fundamental.


E quanto à organização da biblioteca infantil e dos espaços de leitura?

A biblioteca infantil tem especificidades, desde aspectos miúdos, como a maneira como os livros são expostos, não é uma biblioteca como qualquer outra. Não se pode colocar os livros do mesmo modo como ficam numa biblioteca para adultos ou jovens, em pé nas estantes, pois os livros infantis não costumam ter lombada, são finos. Se eles ficam em pé na estante, a criança não os identifica, pois não vê a capa, que é a grande atração para ela. Então as estantes têm de permitir a exposição das capas. Também não cabe fazer os registros de forma tradicional, com fichas. Se elas forem usadas, é preciso que sejam mais icônicas, para que a criança se habitue ao processo de tomar emprestado o livro, levá-lo para casa e devolvê-lo. Ela tem de saber que o livro fica na estante segundo uma certa classificação, mas não é a mesma classificação da biblioteca de adultos. Pode ser por etiquetas coloridas, por exemplo. Além disso, é preciso que haja também, na sala de aula, o cantinho de leitura. A criança vai à biblioteca uma ou duas vezes por semana, mas na sala de aula o contato com os livros deve ser diário. Já tivemos, no PNBE, programas específicos para a constituição dos cantinhos de leitura, para que a criança tivesse acesso aos livros dentro da sala de aula.


Isso aumenta a exposição da criança ao livro?

São fundamentais muitas atividades com os livros, muita leitura de histórias pelas professoras e muito manuseio dos livros pelas crianças. Há muitas escolas - já foram feitas pesquisas sobre isso - em que as caixas do PNBE chegam e ficam trancadas num armário, porque não querem deixar que as crianças tenham livre acesso aos livros, com medo de que sejam rasgados, rabiscados, danificados. Ora, a criança, inicialmente, faz isso mesmo. E só vai aprender a não fazer depois de ter feito uma vez e de ser orientada para não fazer, é preciso formar a criança para lidar com o livro, num processo de aprendizado. É uma questão complexa, que não está sendo contemplada na formação de professoras para a educação infantil. Aliás, o como trabalhar a literatura e como dar acesso a livros de literatura na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental ainda não é um componente importante na formação de professores para esses ciclos.


A senhora mencionou a importância da leitura e da oralidade na educação infantil. Que outras coisas podem ser trabalhadas nessa etapa?

Esse contato com o mundo da leitura e da escrita está acoplado, particularmente na educação infantil, com o desenvolvimento da linguagem oral, pois é o momento em que a criança está ampliando seu vocabulário, suas possibilidades de usos da língua, a aquisição de estruturas sintáticas mais elaboradas. Então, o desenvolvimento da linguagem oral é um dado importante para o desenvolvimento do letramento e da alfabetização. A leitura de histórias pelas professoras não deve ser apenas uma leitura seguida da pergunta se as crianças gostaram ou não. É uma oportunidade de desenvolvimento da linguagem oral. Enquanto a professora lê, vai fazendo com que as crianças façam previsões sobre os rumos da história, analisem as ações das personagens. No fim da leitura, a criança pode reconstruir o texto, de modo a trabalhar as habilidades de compreensão, de inferência e de avaliação, que serão importantes para a leitura individual, quando ela aprender a ler e a escrever. A ampliação do vocabulário é fundamental, e a literatura colabora demais para isso. A ampliação de visão que a leitura proporciona à criança, numa fase em que ela está conhecendo o mundo, também é importantíssima.


E na questão específica da alfabetização, como isso interage?

Essa leitura de livros, não só os de literatura, mas o contato com a escrita em seus diversos usos sociais em nossas sociedades letradas - afinal, a escrita chega a todo lugar, mesmo às localidades rurais mais afastadas - é fundamental, pois é uma espécie de precursor da leitura e da escrita. Veja que não falei pré-requisito, uma palavra que devemos evitar, pois acaba associando a educação infantil a um conceito inadequado, de que essa etapa prepararia a criança para o ensino fundamental. Não é isso. Essa era a visão que se tinha décadas atrás, a de que a criança precisava adquirir certas condições para então aprender a ler e escrever. Prefiro a palavra precursor, para designar certas habilidades, conhecimentos, atitudes que a criança vai desenvolvendo e que serão importantes para que aprenda a ler e a escrever, ou seja, são precursores da alfabetização.


E quais seriam especificamente esses precursores da alfabetização?

Até agora, mencionei os precursores do letramento, ligados ao desenvolvimento da familiaridade com o livro, com a literatura e com outros gêneros textuais, algo que muitas vezes começa antes de a criança chegar à educação infantil escolar, formal. É um continuum, começa quando a criança nasce num ambiente letrado. No plano da alfabetização, do aprendizado da leitura e da escrita, é necessário primeiro delimitar o que é próprio da educação infantil. Não é função da educação infantil alfabetizar a criança, se entendermos por alfabetizar levar a criança a terminar essa etapa já sabendo ler e escrever com alguma segurança. Não é isso (embora isso possa acontecer, e tem efetivamente acontecido muitas vezes). O que é próprio dessa etapa é o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades necessários para que a criança siga uma trajetória de sucesso na aprendizagem da leitura e da escrita. Na educação infantil, a criança deve pelo menos descobrir o princípio alfabético: descobrir que, quando escrevemos, registramos o som das palavras, e não a coisa sobre a qual estamos falando. Esse é o grande salto que a educação infantil tem de ajudar a criança a dar. Aliás, é o grande salto que a humanidade deu: descobrir que podemos transformar a oralidade em algo visível, que é a escrita. A humanidade também passou por essa fase de primeiro desenhar a coisa a que você está se referindo: escrever casa já foi desenhar uma casa. A criança também passa por essa fase, você pede: "escreva casa", ela desenha uma casa. O salto é a descoberta de que quando se escreve não se representa a coisa, representa-se o som da palavra que designa essa coisa. A humanidade levou milênios para chegar a esse princípio alfabético, que a criança deve descobrir rapidamente. É mais fácil, obviamente, pois já está descoberto... Ela deve ser ajudada a identificar essa forma de tornar visível a oralidade.


Como se faz para que a criança consiga isso?

É trabalhando muito a consciência fonológica, a percepção de que a língua é som. Porque a criança não tem consciência disso. Dou um exemplo interessante e recorrente na Educação Infantil: você está, por exemplo, desenvolvendo atividades com palavras que comecem com a mesma sílaba, como panela, pato, página. A gente faz jogos com as crianças, para que encontrem palavras que comecem igual. Muitas vezes propõe-se um jogo em que um barquinho é lançado de criança para criança, carregando palavras começadas com determinada sílaba. Com MA, por exemplo, e citamos uma: maçã. E as crianças falam: "abacaxi, banana, pêra". Por quê? Porque as crianças fazem uma associação não com o som da palavra maçã, mas pensam em outras frutas. Enquanto a criança não descobrir que palavras são sons, como poderão se alfabetizar, se têm de escrever registrando os sons da palavra? Daí a importância da consciência fonológica nessa fase, entendida como consciência dos sons de palavras, de sílabas. Para isso as professoras podem brincar com parlendas, que facilitam colocar o foco no som - e aí quanto menos sentido a parlenda tenha, melhor, para forçar a criança a prestar atenção nesse aspecto. Outra boa alternativa é brincar com rimas, o que também ajuda a prestar atenção no som.


Essa dimensão lúdica é muito importante, não?

É fundamental. Falam muito que, ao trabalhar essas coisas na Educação Infantil, se esquece de que é uma etapa em que as crianças devem brincar, jogar etc. Eu não diria isso. A Educação Infantil é para que a criança se desenvolva socialmente e cognitivamente de forma lúdica. O que também é importante nas séries iniciais do ensino fundamental. Pensam que, se você trabalha com letramento e alfabetização, está tirando o tempo da brincadeira. Mas essas atividades são lúdicas! devem ser lúdicas! Os exemplos que dei anteriormente, como a ida à biblioteca, a leitura de livros, a leitura de histórias, as atividades com os sons das palavras... a criança adora tudo isso, é um brinquedo para ela, isso é lúdico. E a alfabetização é lúdica também. Esse desenvolvimento da consciência fonológica deve ser feito por meio de jogos, que ao mesmo tempo podem ser precursores da alfabetização.


Sob esse aspecto, a educação infantil comporta algum nível de sistematização dessas aprendizagens, ou elas devem ser feitas no ensino fundamental?

É difícil responder a isso, porque na verdade trata-se de um continuum, não há - ou não deveria haver - uma quebra da educação infantil para o ensino fundamental. Isso é algo em que o nosso sistema de ensino tem de insistir. Houve reação de muita gente quando se estendeu o ensino fundamental às crianças de seis anos, idade em que elas ainda estavam na educação infantil. Muitos reclamaram e ainda reclamam, por achar que é um absurdo que crianças de seis anos venham a ser alfabetizadas quando elas ainda estariam na fase da brincadeira. Essa é uma concepção inadequada, porque na verdade não há essas quebras no desenvolvimento da criança. Em todas as fases da vida, o desenvolvimento se dá numa linha de continuidade. E crianças chegam em níveis diferentes de desenvolvimento aos cinco, seis ou sete anos. É preciso haver sistematização e sequenciação, ou seja, um processo seqüente em que a criança desenvolve a consciência fonológica - e precisamos ajudá-la para isso, pois depois ela precisa desenvolver a consciência fonêmica, que depende da primeira. É preciso ir, sequencialmente, relacionando os sons da palavra, percebidos por meio de atividades de consciência fonológica, às letras do alfabeto. Ou seja, não são etapas definidas de forma externa à criança, é um continuum, no processo de desenvolvimento. Como também acontece no ensino fundamental e na educação em geral. Nesse sentido, a pesquisa da [psicolinguista] Emilia Ferreiro trouxe uma grande contribuição acerca do desenvolvimento da criança no processo de apropriação do sistema alfabético, mostrando as fases pelas quais ela passa. Começa icônica, o que corresponde à fase da humanidade em que a escrita era desenho; depois a criança começa a perceber que a escrita não é desenho, compreende que são formas específicas, as letras, e começa a escrever registrando letras, aleatoriamente; aos poucos vai descobrindo que há uma correspondência entre sons e letras, e começa a registrar com letras as sílabas, já tendo percebido que a palavra é feita de pequenos "pedaços", até que perceba que dentro de cada "pedaço" há fonemas que as letras representam. Essa última fase é a mais difícil, e vai acontecer, em geral, no início do ensino fundamental. Para ajudar a criança nesse processo, é preciso sequenciar e sistematizar atividades. Não creio em nenhuma educação que não seja sistematizada e seqüenciada.


Quais as habilidades e conhecimentos fundamentais o professor da Educação Infantil deve ter para ajudar seus alunos nessa fase?

Deve ter, sobre certos temas, conhecimentos tão ou até mais sólidos do que professores do ensino médio. Porque ele deve simplificar sem falsificar. Quem é capaz de fazer isso? Quem domina muito bem os conteúdos. E não só conteúdos. Por exemplo, como desenvolver o gosto da criança pela leitura e pela literatura se a própria professora não tem esse gosto? E, mais do que isso, se não sabe interpretar um texto, mesmo um texto infantil? Se não domina estratégias de leitura? Na minha experiência com a formação de professoras, tenho tido de ensinar o que é uma 4ª capa de livro, uma lombada, um sumário. Elas não se dão conta de que é preciso dizer à criança em que direção folhear um livro, que é necessário conscientizá-las de convenções que elas, professoras, já internalizaram e acham que são naturais. Isso dando um exemplo simples, sem falar da necessidade de inserir a criança nos mundos natural e social, coisas que dependem de conhecimentos básicos de sociologia, história, geografia, ciências, de matemática. Por exemplo, da mesma maneira que, em relação à alfabetização, na Educação Infantil se orienta a criança para que chegue ao conceito de princípio alfabético, deve-se orientar a criança para que chegue ao conceito de princípio numérico. As professoras não são formadas para isso. Elas teriam de ser boas leitoras, de ter boa base de teorias da leitura, de conhecer literatura infantil e suas metodologias de trabalho, de conhecer as relações entre fonemas e letras, fonemas e grafemas, de conhecer psicolingüística e psicologia cognitiva, necessárias para orientar a criança em seu processo de aprendizagem, em particular no caso da língua escrita. E os professores não estão sendo formados assim, nem para a Educação Infantil, nem mesmo para o fundamental. O problema básico da educação no Brasil é a formação dos professores. Para as séries finais do ensino fundamental, bem ou mal os professores são formados em conteúdos. Mas, para a Educação Infantil e para as séries iniciais do fundamental, a formação se dá em cursos que não incluem os conteúdos que serão desenvolvidos nessas etapas nem os fundamentos psicocognitivos da aprendizagem desses conteúdos e sua tradução em uma pedagogia adequada. Essa é a grande ausência na formação de professores. E não estou vendo essa questão ser atacada por processos eficientes.


Ou seja, é preciso reformular os currículos da graduação em pedagogia...

É claro. E é complicado, pois é preciso também uma mudança de postura dos formadores, para que formem alunos dos cursos de pedagogia com o objetivo de torná-los bons professores. Do jeito que estão, os cursos não estão formando adequadamente professores para a Educação Infantil e para as séries iniciais do ensino fundamental. Há poucos cursos de pedagogia que formam alfabetizadores. Há pouquíssimos que têm literatura infantil em suas grades curriculares,. Só por esses dois exemplos, se vê que as professoras não são preparadas adequadamente. Elas mesmas reconhecem isso. Ouço dizerem com frequência: "mas ninguém me ensinou isso". É verdade, não faz parte do currículo da formação. No caso do letramento, sem um mínimo conhecimento de literatura infantil, não há como trabalhar com literatura. É preciso saber, por exemplo, como trabalhar com um livro de imagens com crianças, ou quais as habilidades cognitivas e habilidades de leitura que um livro de imagens pode desenvolver.



SELINHO/INSPIRAÇÃO!!OBRIGADA!!!!!!!!!!


Este selinho, ganhei da Amiga MADGA,do Blog Mundo Colorido da Criança. Ela parceira de sempre! 

Ela fez  inspirado em Blogs de muitas amigas, que são para ela,uma verdadeira inspiração!!!!

Obrigada AMIGA!


Para ter este selinho, você precisa seguir algumas regrinhas que  são:


1- Escrever o nome de quem o criou
 (Blog Mundo Colorido da Criança)


 2-Quem te indicou o Selinho.


3- Passar para 5 amigas(os)


Agora ofereço para 5 amigas queridas! 

(A lista, com certeza, não para aí.Todas são merecedoras). 

Professora Kathia - profkathiabazoni.blogspot.co
Professora Dany -  pro-dany.blogspot.com
Professora  Elisete -   elisete-nunes.blogspot.com
Professora  Rérida -  reridamaria.blogspot.com

Atendimento/Contraturno-Apoio(Reforço)Pedagógico

Escola_________________________________________________
Sala de Apoio Pedagógico (Reforço Escolar):
Professor(a):____________________________________________
 


Sequência Didatica – 2º Ano e 3º Ano
Período:_______ de __________ a _________de / 201__
 
Roda de Conversa:
-Acolhida e Interação com autoapresentações – Professora e alunos
-Confecção de crachás. Cada criança faz o seu com auxilio da professora, se necessário. Letra caixa alta (2º Ano) e cursiva (3º Ano)
-Colocar no cartaz da chamada. Após o término das atividades, o crachá ficará com a professora.
-Apresentar as atividades do dia – ROTINA -
- Reconhecimento da sala (partes e materias) – Primeiro Dia
- Conscientização da proposta de trabalho na sala de Apoio Pedagógico de forma positiva e motivadora.
Obs.: Primeiramente ouvir o que as crianças sabem e imaginam sobre as aulas de Apoio. Em seguida solicitar que pensem e digam o que elas mais gostariam de fazer e aprender. Registrar em cartaz único com o titulo:


Nós queremos nas aulas de Apoio:

(Quando repetir alguma ação ou palavra, assinalar ao lado com uma estrelinha).


Momento do autoretrato:
- Hora de conversar a respeito de cada um (idade, com que mora, quem faz parte da família) e compartilhar suas preferências conforme consigna em ficha.                                                                                                                                                                                 

UM BRINQUEDO:______________________
UMA COR:__________________________
UMA COMIDA:______________________

UMA ROUPA:______________________
UM ESPORTE:_____________________
UMA MÚSICA:______________________


UM AMIGO:_______________________

UMA BRINCADEIRA:_________________
UM NÚMERO:______________________
UM NOME:________________________
UMA FLOR:_________________________


Obs.: Observar em cada aluno sua leitura de mundo (conhecimento prévio).


Atividade de escrita:
Sondagem Inicial - Anexo
. Anexar na pasta de evolução da escrita.
Observação: Os alunos de 3º ano escreverão sobre suas preferências e sobre a casa e com quem moram.


Atividade de Desenho:
Sondagem - Fazer duas ilustrações com os titulos:
* Eu aprendendo (objeto do conhecimento) e 0 (a)... me ensinando. (pessoa da família).
* Eu aprendendo na sala de aula.
Objetivo: Verificar como está o vinculo com a aprendizagem e registrar quem pode estar auxiliando no processo.
Atividade com o Alfabeto Móvel:
- Compreender, reconhecer (cartazes da sala) e compor a ordem alfabética utilizando a bandeja e caixa com alfabeto móvel.
- Manusear e reconhecer o que está escrito nos blocos da mesa alfabeto. Sacolas vermelhas e amarelas.
Obs. Deixar as crianças curiosas para explorar o material e criar expectativa prazerosa para usar o computador no próximo encontro.


Atividade com sacola surpresa:
-Verificar e retirar de uma sacola surpresa, vários brinquedos em miniatura e reconhecer o nome do brinquedo e a letra inicial e final. Trabalhar a contagem de silabas com palmas, contagem de dedos, pintando e ou recortando em quadradinhos.
- Adaptar a atividade com a escrita (quadro branco) dos brinquedos identificados.
- Explorar e separar os brinquedos por gênero, cor, tamanho, etc.
- Observar se houve brinquedo para cada letra. Verificar e comentar.


Atividade com Jogos:
Hora de aprender jogando!
- Interagir em grupo para identificar as letras iniciais de cada palavra no jogo Lince – Alfabeto da Turma da Mônica – 2º e 3º Ano.
*Obs. Os alunos dos 3 Anos poderão classificar as palavras do jogo por grupos – separar - e registrar em caderno ou folha a escrita de nome dos animais, alimentos, objetos, lugares e outros. Aproveitar o momento para observar a grafia dominante do aluno.
* Os alunos com dificuldade deverão ser orientados para observar em livros e tabelas o traçado da letra cursiva e treinar. Relacionar letras minúsculas com maiúsculas. Treinar a coordenação motora com tinta em folha, contorno da letra em cima de ficha, escrever com giz no chão, sempre orientando o movimento...direita, esquerda, pra cima, pra baixo, abrindo, fechando, etc.


Leitura pela professora:
Página 25 do livro 3 da Mesa Alfabeto– show de televisao - A chamada - Titulo da carta – O Amigo do Espaço
Obs.: Solicitar que desenhem como cada um imagina que seja o PG, Patrulheiro das Galáxias e no próximo encontro trazer a figura do PG (cartaz). Correlacionar o desenho da criança para identificar o que ficou semelhante e diferente da imagem do personagem.


Leitura pelos alunos:
-Realizar leitura prazerosa com escolha de algum livro da caixa encantada. O aluno lê um pedacinho para a professora. Avaliar no momento, registrando em ficha especifica.
Obs.: Observar e acompanhar a leitura individualmente.



Atividade na Mesa Alfabeto ( Computador):
2º Ano: Interagir com o personagem no computador e realizar as atividades de: Registro dos grupos (cada aluno digita seu nome aluno), SALA de AULA (pré-silábicos,) e da O JARDIM DA CASA de DOCE (silábicos-alfabéticos sem e com valor sonoro).
3º Ano: Interagir com o personagem no computador e realizar as atividades A CASA DE DOCES
Observação e Avaliação durante as atividades:
Registrar em ficha especifica de acompanhamento o que for relevante da criança quanto ao seu desempenho durante as atividades. O que for mais positivo e o que precisa ser trabalhado mais quanto aos aspectos físicos,cognitivos e sócio-afetivos. Ao longo do processo fazer parceria com a professora da sala, e das áreas de Educação Física e Artes.
clip_image002

Ser professor

é professar a fé

e a certeza de que 

tudo terá valido a pena

se o aluno sentir-se feliz

pelo que aprender com você

e pelo que ele lhe ensinou...

DOCÊNCIA - 26 ANOS NA EDUCAÇÃO!


HOJE, aos  TRÊS(03) dias de MARÇO(03), de 2012, completo VINTE e SEIS(26) anos na EDUCAÇÃO

O caminho até aqui foi longo, de conquistas e perdas, mas nunca de desistir e deixar de acreditar na DOCÊNCIA!

Toy BlocksMath Kids

Amo ensinar!
Award
AMO aprender!


 Aproveito e venho aqui refletir neste BLOG, 
um espaço e ferramenta de trabalho, 
compartilhar  uma pequena mensagem de como me sinto e procuro estar e ser como  PROFESSORA.

Kid Tossing Cap

Ser professor é professar a fé e a certeza de

que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz

pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou...
Hands In
Ser professor é consumir horas e horas pensando
em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo
todos os dias, a cada dia é única e original...
Student Frame

Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e,
diante da reação da turma, transformar o cansaço
numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...
Art Students

Ser professor é importar-se com o outro numa
dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que
necessita de atenção, amor e cuidado.
Going to School

Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena,
sem sair do espetáculo".
Kids Graduates
Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que
o aluno caminhe com seus próprios pés...
Going to School

Arquivo de POSTAGENS:

EU em ENTREVISTA- Educadores Multiplicadores!

Mimo no BONIFRATI...



Usando a criatividade,
todo mundo pode pensar diferente.
Que 2 + 2 são dois patinhos.
E até detrás para frente.
Se permitir criar,
Tudo pode mudar.

Seja arte, escrita, música.
Receita, caminho, solução.
O que importa é pôr a mente para funcionar
e dar à luz a imaginação

Melhor ainda, se arriscar.
Tomar coragem e compartilhar.
Deixar vir ao mundo e ao mundo mostrar.

Nada que fica na gaveta,
pode trazer boas coisas para o planeta

Abra a sua caixa secreta.
E mergulhe na mente, a sua biblioteca.
Criar é concretizar ideias.

Linguagem Escrita!

"...a escrita deve ter significado para as crianças, uma necessidade intrínsica deve ser despertada. Nelas, a escrita deve ser incorporada a uma tarefa necessária e relevante para a vida. Só então poderemos estar certos de que ela se desenvolverá não como hábito de mão e dedos, mas como uma forma nova e complexa de linguagem".
Vygotsky.

Professores!

A arte torna o trabalho educativo interessante, atraente e sedutor. Para tornar os alunos mais sensíveis e despertá-los para um mundo novo de sensações, o talento e a flexibilidade do professor, da sua arte, dependerá o êxito da sua missão.

Alegria....alegria!

ALFABETIZAÇÃO

O processo de alfabetizar é apaixonante,
antes de tudo é um ato de amor,
coragem e persistência. Pelo simples e
talvez o mais gratificante fato
de permitir ao ser pensante a liberdade
de construção da sua própria história.






CONSULTE o IDEB 2014.É só clicar no selinho ou no link.Conte comigo!

SELINHOS 2012! Obrigada!

Da amiga Leila Bambino!

Glitter Photos
Ganhei da amiga Claudia! Obrigada.
Glitter Photos
Da amiga GISELA.Obrigada!
Da amiga Viviane,Obrigada!
SELINHO A RECEBER... selo4 Glitter Photos Glitter Photos
Selinho pra você!Glitter PhotosSelinho Amigo a todos os Parceiros do Blog "Educando Com Amor"...
Selinho Compartilhado
da Parceira BIA!
Espaço para Educação
Obrigada Amiga Gracita!
Obrigada Amiga Adriana!

Torcedora FELIZ! Bom D +!

TORCEDORA APAIXONADA!

Vida Divina! Vida Cotidiana!

Kids
See full size image Imagem15 300x183 A ESCOLA DE ATENÇÃO ÀS DIFFERENÇAS

Orar...refletir...imagens que dizem!

ORAÇÃO pela Saúde:
Senhor Deus de amor,Pai de bondade,nós vos louvamos e agradecemospelo dom da vida,pelo amor com que cuidais de toda a criação.Vosso Filho Jesus Cristo,em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores,sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo,e que a saúde se difunda sobre a Terra.Amém.






Gratidão e Interação!