Cérebro- Arte e Aprendizagem

Aprendizagem CRIADORA!

Só nos últimos 20 anos é que a raça humana aprendeu 95% do que sabemos sobre o nosso cérebro.

Recentemente pesquisas demonstraram que para haver uma aquisição de informação com estímulo e divertimento é necessário que a nossa mente seja estimulada com cores, símbolos, desenhos, etc, pois ao usar cores e símbolos aumentamos a capacidade de memorização, pois uma imagem vale mais que mil palavras, tornando a memória feita de cores e imagens, o que favorece a mente a recordar mais facilmente.
Para aprender é necessário conectar os nossos hemisférios cerebrais, hoje comprovado com as investigações científicas que comprovam que para se obter o maior potencial temos de utilizar o CÉREBRO GLOBAL ou seja, as características dos dois hemisférios cerebrais:

Reflexão:

Nos últimos 2000 anos...

Para tirar notas ou pensar, as pessoas usam:
Palavras
Linhas
Uma única cor
Esboços
Resumos
Sequências 
Lógica
Todas características do hemisfério esquerdo!

Conclusão:
A raça humana tem estado a usar ½ do seu cérebro, ½ das suas capacidades criativas!
Penso que como profissionais que trabalham com a aprendizagem e responsáveis pelo conhecimento de mundo e específicos de leitura,escrita e cálculos  escolas, devemos oportunizar momentos e aplicar estratégias que despertem a curiosidade, a criatividade e a ação. Tornar o ENSINO significativo.
Compartilho esta postagem e  acredito que  devemos deixar as crianças se expressarem; evitar ao máximo as atividades  com os famosos xerox para colorir: as crianças podem criarem seus próprios desenhos, as músicas, as danças, e principalmente os livrinhos de história, que são uma fonte muito rica para a criatividade dos pequenos.
Também pode-se apresentar jogos de criação e montagens, materiais reciclados,tangram, enfim, quanto mais colorido, manipulável, divertido e útil, mais favorecerá a ação criadora.
Precisamos experimentar e nos conscientizar de nossa responsabilidade como  fundamental no processo.


"Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. 
É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920).

A Arteterapia é um campo de conhecimento interdisciplinar. Assim pode ser aplicado e oferecido a profissionais que trabalhem em diferentes contextos, principalmente o escolar, a fim de que possam adicionar à sua prática o uso de recursos criativos para o desenvolvimento do sujeito, sejam plásticos, poéticos, musicais, de expressão corporal ou dramáticos, entre outros. As atividades desenvolvidas na Arteterapia Escolar visam estimular o autoconhecimento, a desinibição e a criatividade, levando os participantes à possibilidade de se integrarem com o mundo, impulsionando-o à resolução de conflitos pessoais, à melhoria do relacionamento social, desenvolvimento harmônico da personalidade e das habilidades cognitivas.

A arte devolve a liberdade, por isso, os sentimentos negativos são trabalhados e liberados nas concretizações das obras como música, teatro, dança, artes plásticas , entre outras. Essas atividades propõem ao indivíduo um processo criativo que permite refletir e elaborar a experiência vivida, tendo a partir desta experiência que resgatar em cada um a sua capacidade de integrar seus sentimentos em busca da transformação.
Arteterapia pode ser considerada como a utilização de recursos artísticos em contextos terapêuticos, baseando-se na percepção de que o processo criativo envolvido na atividade artística é terapêutico e enriquecedor da qualidade de vidas das pessoas.(ARCURI, pág.: 21, 2006)
O momento da produção da arte é extremamente magnífico, sendo esse momento, um verdadeiro encontro com a criatividade, pois toca a sensibilidade do ser devido a facilidade que a arte permite ao indivíduo de ampliar seus significados internos que passam a ter um sentido maior, além de proporcionar um novo conhecimento da consciência.
Criar produções é dar forma a algo novo, pois o ato de criar faz com que o indivíduo compreenda, relacione e ordene suas idéias de forma imaginária ao concreto. Quando criamos esse algo novo passa a ter vida e forma e torna-se um processo interativo ao nosso meio.
Deste modo, a Arteterapia é um instrumento que funciona como formas de expressões diversas que exterioriza os sentimentos e as emoções, possibilitando a reconstrução de situações internas num resgate das energias num processo de transformação psíquica mais saudável.
Nas produções artísticas os indivíduos expõem suas idéias internas e deixam transparecer ao mundo externo, ou seja, suas percepções sobre si que são expostas nas imagens num movimento que permite ser vivenciado por ele, uma vez que as imagens permitem ao indivíduo um diálogo construtivo.
A arte faz parte do convívio humano como necessidade, além de contribuir para o desenvolvimento global. O indivíduo que desenvolve formas de se expressar está registrando a sua marca pessoal, o seu estilo e o seu modo de estar no mundo.(CHIESA, pág.: 31, 2004.)

Arteterapia na Prática

1) Recorte e Colagem:
Uma técnica que oferece a concentração e atenção conforme o tema proposto, além da noção de espaço. Essa atividade possibilita a exploração, bem como a estruturação através da organização de detalhes e estimula a percepção de formas, cores e textura.
Também possibilita trabalhar com a psicomotricidade, pois favorece os movimentos das articulações e a organização de pensamento que funciona como uma análise da construção de uma nova forma.
A função desta técnica é desenvolver a criação das imagens e fazer recorte e colagem é compor formas variadas e texturas como um caminho, onde aos poucos, as imagens vão surgindo por agrupamentos das peças, dando forma e possibilitando uma comunicação com as imagens.
As técnicas que norteiam essa prática são: recorte e colagem com revistas, mosaico em papéis, recorte e colagem com diversos tipos de papéis, montagem com figuras fragmentadas, montagem com barbante com tiras e relevo, montagem com tecido, colagem com matérias recicláveis como: caixa, quadrinhos, garrafas e, entre outras.

2) Pintura:
A pintura como técnica utilizada em Arteterapia, traz a sensação de experimentar a liberdade diante de uma folha em branco e o conjunto das tintas convida a traçar curvas, linhas e formas.
As cores estão relacionadas com as emoções do indivíduo conforme as tonalidades escolhidas e trabalhadas o indivíduo evoca as cores que estão mais presente em sua vida.
A pintura também desperta a sensação de liberdade ao experimentar um conjunto de cores diante de várias tintas e pincéis que propõem um caminho que irá construir e que estão presentes como estimuladores as formas, as linhas, os volumes, as cores e as tonalidades.
Essa atividade tem o papel de relaxar, já que o indivíduo é livre para experimentar as cores juntamente com suas emoções e sensações.
Materiais utilizados são: cola colorida, giz de cera, lápis de cor, aquarela, tinta acrílica, pigmento líquido colorido, giz pastel, tinta látex, entre outras.
As técnicas podem ser orientadas com tema livre ou direcionada, tais como: pintura a dedo, pintura com pincel, pintura com rolo, montagem de tintas naturais com terra, impressão com moldes, entre outras.

3) Modelagem:
A modelagem é uma atividade basicamente sensorial, uma vez que trabalha com as mãos. Ela proporciona a idéia desde estruturação da desordem a organização quando concretiza-se o trabalho.
Também trabalha com a psicomotricidade, já que requer as articulações excessiva das mãos, além da sensação tátil que fornece um diálogo com a imagem que virá a tona. Essa atividade é recomendada para pessoas muito rígidas, já que o contato muscular das mãos contrai e aos poucos leva ao relaxamento.
No diálogo entre as mãos e a massa que começa a troca de energia, bem como as sensações de quente e frio e a medida deste experimento tomam forma para poder encontrar um novo caminho.
As sensações experimentas com a modelagem ampliam a percepção e auxilia o indivíduo a compreender a sua forma de ser e descarregar o excesso de energia acumulada durante a sua forma de viver como no trabalho, na família e na sociedade, dentre outras.
As atividades aplicadas com modelagem são: argila, massa artesanal, papel machê, gesso, entre outras.

4) Desenho:
O desenho é uma atividade relacionada aos sentimentos mais profundos, pois existe uma relação direta ou indiretamente com a identidade do indivíduo quando ele expressa a sua forma de ser no mundo.
Verifica-se que os sentimentos e conflitos dos indivíduos são freqüentemente expostos involuntariamente, ou seja, o inconsciente que fala por meio de imagens, principalmente por meio de desenhos.
O desenho estimula a criatividade, pois requer a expressão de idéia, atenção, imaginação e concentração. Desenhar é criar, então relacionar o ato da criação com a comunicação interna é exteriorizar as formas criativas de ser e buscar sempre o estímulo do potencial criativo.
Desenhar possibilita observar formas, linhas, cores, luzes e volume, sendo assim, estimula a psicomotricidade e favorece o desenvolvimento da coordenação motora e espacial.
As técnicas com desenho são infinitas, porém algumas possibilidades são destacadas: o desenho pode ser com tema livre ou direcionado, onde temos: desenho com aquarela, lápis de cor, giz de cera na vela, com carvão, pastel oleoso, canetinha, desenvolver a pintura com diversos papéis com diferentes texturas: carbono, manteiga, camurça, canson, cartolina, lixa e, entre outras.

5) Trabalhos com sucatas/ recicláveis:
Ao produzir algum trabalho com sucatas, esta favorece a construção investigadora de criar perante a idéia de propor um novo olhar diante de velho (sucatas/ recicláveis) Esse olhar proporciona ao indivíduo a construção e o estudo das diversas possibilidades no ato da criação.
A construção tem a característica própria da liberdade de criar sem ter o receio de errar, pois permite ao indivíduo perceber a idéia de desorganização e organização perante os materiais usados que serão apresentados a ele, onde essa construção significa trabalhar com a concentração e atenção, além da paciência.
Essa atividade favorece o equilíbrio do bem-estar devido ao resgate de algo que pode ser reconstruído e transformado, bem como a percepção interna desta transformação que proporciona a auto-estima.
Importante ressaltar que a busca de uma solução ao meio ambiente cabe à própria humanidade e os trabalhos com sucatas/ recicláveis provocam uma reflexão que resulta na utilização destas obras como recurso no desenvolvimento de novos trabalhos com o objetivo de propiciar conhecimentos da conscientização do meio ambiente e possibilita a conscientização que ao cuidar da terra é cuidar também de nós.
Apresento técnicas como: a confecção do papel reciclado e os produtos derivados deste papel como: cartões, envelopes, porta-retrato, porta-caneta, trabalho de decoração com garrafas usadas, caixa de leite, caixa de sapato e latas que proporciona a confecção de embalagens e enfeites, confecção de produtos como vaso e flores com a garrafa descartáveis, entre outros.

6) Histórias:
Os contos de histórias estão relacionados ao um mundo mágico onde é possível imaginar e sonhar. A arte da literatura e de ouvir histórias é uma grande e poderosa fonte de instrumento criativo, pois desafia o indivíduo nos dias de hoje a buscar leitura que expressam a mergulhar na magia, no mistério e na sabedoria do ser.
O uso da arte na história em um contexto terapêutico vem ocupar um espaço de criação, pois facilita o contato com as emoções devido o seu universo de imaginar. As histórias propiciam a construção do desenvolvimento cognitivo da criança e do adulto, além de restabelecer a compreensão entre tempo, espaço x real e o imaginário.
Fontes essenciais para a interação do ser no mundo que confronta com diversos caminhos para resolver situações reais, mas visualizar como tal coisa seria desta ou daquela forma, a história oferecem esses caminhos de navegar e compreender diferentes culturas, classes sociais, raças e costumes. Uma capacidade de compreender a vida e tomar posições mais criativas diante delas.
As histórias funcionam como elementos essenciais para viver, baseado no auto- conhecimento que ela proporciona diante da vida e construir recursos capazes de associar um questão de comportamento a um fato.
Temos infinitos livros para utilização desta técnica, tais como: livros com histórias de valores morais e éticos, romântico, ação, suspense, contos de fadas, exemplos: Branca de Neve, Gata Borralheira, João e Maria, aventuras como: bruxas, fadas e príncipes (contos conhecidos como de encantamentos); e histórias com a mitologia grega, egípcia, lendas, folclore, fábulas e, entre outras.
A exposição das histórias podem ser em um ato propriamente de contar história com o recurso do livro e o contador, ou leitura e utilizar cenários como: em forma de cinema dentro de uma caixa com folhas que retratam a história ou gravuras que seguem as seqüências de um quadro ilustrativo, fantoches, marionetes (bonecos comandados por fios presos), cenários de feltro ou sulfitões, máscaras e, entre outros. 

7) Teatro/ Dramatização:
O teatro trabalha com a reflexão de atitudes com situações relacionadas ao cotidiano do indivíduo, além de levar a conscientização de ação da vida interna da imaginação a vida externa do real, ela imita a vida e, por isso, o teatro funciona como um espelho da vida. O teatro também funciona como um laboratório de vida, pois no palco o indivíduo pode experimentar diferentes formas de viver e de ser e convida a criar e recriar novas formas de expressão e relação com o mundo.
Fazer teatro dentro do aspecto terapêutico é levar algo a mais que mera atuações de papéis, pois ele permite insights profundos por parte da pessoa e/ ou grupo a respeito do significado dos papéis, pelo fato de promover a criatividade espontânea que cada indivíduo possui e compreender a si mesmo e ao outro na diferente formas de ser ao assumir diferentes papéis.
O teatro proporciona a vivenciar situações que possibilitam o desenvolvimento de uma expressão ampla, verbal, gestual e criadora. Esse desenvolve uma atitude saudável diante de comportamentos como timidez, agressividade , tristeza, dentre outros. Uma reflexão sobre as possibilidades de ser e de agir diante a cada realidade.
Os instrumentos para a dramatização são diversos e temos como técnica: o ator/ atores e o público e conforme a dramatização proporcionar as mudanças de papéis, essa técnica é conhecida como psicodrama (teatro da espontaneidade), bonecos manipulados pelo ator, teatro de fantoches e teatro de máscaras ( esses materiais são muitas vezes, confeccionados pelo ator que elaborará seu personagem), teatro gestual (conhecido como mímica), entre outras.

8) Música:
Como suporte terapêutico é conhecido como musicoterapia e a sua estruturação facilita a comunicação e a expressão das emoções. Ela também promove a harmonia da respiração por ser capaz de estimular reações que provocam respostas motoras para a expressão corporal e que automaticamente relaxam os músculos e reduz o stress.
A musicoterapia melhora a comunicação, além de trabalhar com a memória, atenção e pensamento, ela proporciona o auto-conhecimento e o seu objetivo é despertar a fantasia de sonhar e refletir sobre as mensagens transmitidas e criadas.
A música está relacionada diretamente no movimento do ser humano, pois ela expressa a vida do indivíduo em diferentes contextos do cotidiano, além de cada cultura, sendo uma forma de expressar a vida humana.
Seus sons e ritmos estabelecem uma melodia harmoniosa que facilitam a expressão dos sentimentos e permite expressar os estados emocionais tanto no mundo sonoro, através do cântico, bem como no nível instrumental.
As técnicas aplicadas variam conforme a proposta, onde temos: trabalhos com instrumentos musicais (que trabalha a coordenação motora), aprendizado do ritmo com a voz, cânticos folclóricos e populares, trabalho de cântico com grupo (conhecido como coral), o ato de ouvir música (vária a técnica como simplesmente ouvir ou interpretar a mensagem transmitida), compor música (estimula a escrita e o raciocínio do pensamento). Importante ressaltar que cada ritmo de música provoca um tipo de reação, tais como: relaxamento, alegria, tristeza, melancolia, etc. Cada música deve guiar conforme as necessidades de cada indivíduo e promover atitudes positivas físicas, mentais, sociais, culturais e cognitivas.

9) Poesias:
A poesia tem uma importância de extrema relevância, uma vez que ela transmite conhecimento, através da fantasia e realidade. Quando o indivíduo faz a leitura da poesia ele se depara com uma fantasia e começa a imaginar e sonhar, ao mesmo tempo em que se depara com a realidade.
Ela favorece a expressão criadora, através do contanto direto com textos poéticos, ou do próprio ato de criar, inventar uma poesia é um linguagem que propicia um intercâmbio cultural e a compreensão da vida como ela pode ser representada de modo poética diante de situações amorosas e conflituosas.
A poesia propicia condições para identificar e expressar por meio da criação literária e os estímulos Arteterapêuticos e sensoriais podem ser utilizados para promover a expressão e elaboração de seus próprios personagens manifestadas nos medos, desejos, alegrias e sonhos, facilitando assim, a comunicação interna. Trabalhar com a poesia é fazer com que o indivíduo, pense, conteste, interrogue, explique, construa, corrija, imagine, reinvente e sonhe.
As técnicas de poesia diferenciam a partir dos estilos e da escrita de pessoa à pessoa e não importa como um poema é escrito, o objetivo é despertar as emoções. Apresento algumas técnicas, tais como: construir poemas a partir de um tema direcionado com uma história, um filme ou uma letra de música, escrever poesia num lugar que desperte boas sensações, como por exemplo, numa galeria, praça, locais com uma bela paisagem, etc; rimar frases ou palavras, ouvir poemas e interpretar a mensagem transmitida, entre outras.



Caso recente, exemplo de criatividade e superação. Mostra também um meio genuíno, de que podemos de muitas formas, vivermos a era da sustentabilidade.

Um encanto e exemplo verdadeiro de aprender com prazer.

Compartilho com todos vocês! Vale muito conferir esta reportagem, se você não assistiu pela tevê em primeiro de julho, no Programa do Fantástico(GLOBO).

Rede Globo 
Um encanto e exemplo verdadeiro de aprender com prazer. 

A reportagem:
O caso do menino que construiu um fliperama com caixas de papelão, na frente da loja de autopeças do pai. 

“Meu nome é Caine, tenho 9 anos. Meu fliperama se chama fliperama do Caine. Abre só no fim de semana. E é bem barato”, ele conta. 

“Toda vez que o Caine passa na frente de um fliperama, ele para. Ele adora as fichas, os jogos, os prêmios. Então foi natural ele construir seu próprio fliperama. O Caine adora descobrir como as coisas são feitas. Ele desmonta todos os brinquedos para ver como funcionam. Depois não consegue montar de volta. Mas desmontar, ele desmonta!”, diz o pai dele. 

“Meu pai tem um monte de caixas, das peças que ele vende. Eu recorto o papelão e faço as máquinas. O primeiro jogo que eu fiz foi de basquete, com uma cesta que eu ganhei de brinde na pizzaria. É muito legal”, diz o menino. 

“Ele ficava chamando as pessoas para jogar. Uma ficha custava só alguns centavos. Os jogos foram ficando cada vez mais caprichados. Agora ele ocupou a loja toda”, diz o pai. 

“Eu fui o primeiro cliente do Caine, e o conheci por acaso. Fui comprar uma maçaneta pro meu carrovelho e dei de cara com esse incrível fliperama de papelão. Eu perguntei quanto custava pra jogar. Ele disse que, por US$ 1, eu podia jogar quatro vezes. Mas, por US$ 2, tinha direito a um passe especial, pra jogar 500 vezes. Comprei o passe”, diz Nirvan, o primeiro cliente do Caine. 

“O passe especial é uma pechincha. Ele vale por um mês! Também tenho meus cartões de visita, as fichas, e os prêmios”, diz Caine. 

“Para os primeiros prêmios, eu usei meus brinquedos antigos, carrinhos de miniatura. Eu gostava de carrinhos quando eu era pequeno”, conta Caine. 

“O jogo que eu construí na sequência foi o de futebol. Primeiro, eu não tinha goleiros, e as pessoas diziam que era muito fácil. Aí eu botei uns soldadinhos no gol. E também na defesa. Aí eu falei: ‘e agora, está fácil?’", afirma. 

“Um dia o Caine me disse que queria comprar uma máquina dessas de pegar prêmios. Eu falei pra ele: por que não faz você? E ele fez, usando um gancho e um fio. O Caine comprou calculadoras pra colocar em cada máquina”, diz o pai do menino. 

“As calculadoras são por uma questão de segurança, para ver se a ficha não é falsificada. Atrás da ficha tem um número de segurança. Você vem aqui, liga e coloca o número. Aí você aperta aqui e esse número grande aparece. É assim que você sabe se a ficha é de verdade”, diz Caine. 

“A maioria das minhas vendas eu faço pela internet. É que quase não passa ninguém aqui. Então a chance de o Caine conseguir um cliente é muito pequena. Mas ele está sempre esperando lá na frente, sentado na cadeirinha, tentando convencer alguém a jogar. Mas ele não tem tido muita sorte” afirma o pai de Caine. 

“Mas ele nunca desanima: está sempre limpando os jogos, esperando os clientes. Ele só usa essa camiseta sábado e domingo, quando o fliperama funciona. Caine tem muito orgulho dela, porque ele mesmo criou. Quando as férias acabaram, Caine voltou para a escola e começou a contar para todo mundo que tinha seu próprio fliperama. Ninguém acreditava. Ele nem vai com a camiseta na aula, que é pra não ser zoado”, revela o pai. 

“Até que um dia, a minha secretária entrou correndo e disse: ‘você não vai acreditar: tem alguém jogando no fliperama do Caine!’ Eu falei: ‘não é possível!’ E aí fiquei vendo pela câmera de segurança”, conta o pai. 

“Eu brinquei no futebol e no basquete. Quando eu fazia pontos, ele entrava por trás da caixa e liberava as fichas”, fala o diretor. 

“Igual ao fliperama de verdade! As fichas saem de baixo”, mostra Caine. 

“Esse moleque é gênio”, diz Nirvan. 

“O Nivan voltou um dia e disse que queria fazer um vídeo sobre o fliperama do Caine. Mas aí eu expliquei que tinha um problema: ele era o único cliente”, diz o pai. 

“Eu não acreditei! Só eu comprei o passe especial? Mas é uma pechincha”, diz Nirvan. 

“Então ele sugeriu trazer alguns clientes. Eu falei: se você conseguir, nem que seja um só, ele já vai ficar muito feliz”, lembra o pai. 

“Aí a gente montou um plano pra chamar Los Angeles inteira pra brincar no fliperama do Caine. A ideia era fazer uma surpresa em um domingo à tarde”, diz o Nirvan. 

“Eu pensei: ‘Quem vai vir a um ferro velho num domingo à tarde? E aqui, na periferia? Quem vai aparecer’", lembra o pai de Caine. 

“Eu criei um evento no Facebook e um amigo publicou em uma página que tem mais de 230 mil fãs. De uma hora pra outra, virou febre”, conta o Nirvan. 

“Eu lia os comentários, que diziam ‘eu queria estar aí, moro em Nova York’. ‘Eu queria estar aí, moro na Europa’", diz o pai. 

“O plano é levar Caine para comer pizza. Primeiro a gente passa em um fliperama, depois almoça. Enquanto isso, o Nirvan vai preparando a grande festa. O Caine não tem ideia. Vai ter a maior surpresa da vida dele”, avisa o pai do menino. 

“A ideia é juntar o máximo de pessoas pra ir ao fliperama do Caine, e ele ter um dia muito feliz!”, afirma Nirvan. 

“O Caine está louco para ter um cliente. Ele vai ser o menino que vai ter a maior surpresa desse mundo”, diz o pai. 

O pai tenta convencer o menino a ir mais cedo para casa no dia programado para a surpresa. E ele diz: “Não vai dar”. 
Ao chegar ao local, o menino dá de caras com uma multidão de clientes. 

Em três meses, o vídeo já foi visto mais de 6 milhões de vezes na internet. Mas como será que está a vida do Caine agora, depois que o vídeo rodou o mundo, passou na televisão? Será que ele continua na loja sozinho, sentado na cadeirinha, esperando os fregueses que nunca chegam? Não. O fliperama do Caine agora vive lotado. 

Caine diz que ser famoso é legal. E que no começo achava que só ia ter um cliente por dia. 

Até na França ele foi parar. Há duas semanas, foi o palestrante mais jovem da história do renomado festival de criatividade de Cannes. "Fui lá e contei como abri meu próprio negócio", ele diz. 

E de qual brinquedo do fliperama ele gosta mais? "Da máquina de pegar fichas", ele responde. E explica como funciona: “você entra lá, as fichas voam pelos ares e você tenta pegar”. 

O repórter pergunta se ele se assustou com as pessoas que lotaram a porta da loja depois da divulgação do filme. Ele diz que pensou: “Nossa, quanta gente! É mais gente do que eu vi na minha vida inteira”. 

E o futuro? O que será que Caine quer fazer daqui a 20 anos? “Construir videogames, fliperamas e karts de corrida”, diz ele. 

Antes de terminar, Caine manda um recado para quem viu esta reportagem no Brasil: “Venham jogar!”.

É FORMIDÁVEL.QUE EXEMPLO E INSPIRAÇÃO PARA TODOS NÓS!
(Rosangela Vali)

Na continuidade, venho postar um texto muito significativo sobre MAPAS MENTAIS que encontrei no BLOG da amiga e Psicopedagoga SILVANAhttp://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br, que muito vem a contribuir para nossa prática docente. Sou adepta da Neurolínguistica e aplico algumas tecnicas em sala de aula com muitos resultados positivos. Aproveitem! (Rosangela Vali)

Mapas Mentais, uma Brincadeira de Criança

* Viviani Bovo
Se avaliarmos os manuscritos de algumas das mentes mais brilhantes que conhecemos, talvez nos surpreendamos com o fato de muitos deles não utilizarem única e exclusivamente a palavra como forma de expressão e registro de informações. Leonardo Da Vinci, Einstein, entre muitos outros, tinham o hábito de anotar seus pensamentos, invenções, descobertas e conhecimentos através de símbolos, ilustrações, gráficos, flechas, ícones, além das palavras. Registros que mais se pareceriam com rascunhos ou mesmo as folhas dos cadernos de alunos que desenham durante as aulas. Pesquisadores do aprendizado hoje comprovaram que diferentes formas de expressão gráfica podem indicar um repertório maior de estratégias mentais envolvidas no processamento cerebral de informações e conhecimentos. Segundo pesquisas, essa é a principal diferença que faz a diferença entre aqueles excelentes alunos que, curiosamente, não são os que mais se esforçam! 

Hora de fazer o dever de casa! Que hora mais desesperadora para muitos adultos e crianças. Você já deve ter se deparado com a cena de uma criança sentada à mesa, cabeça apoiada nas mãos, totalmente desmotivada em frente ao seu caderno ou livro, com a grande incumbência de fazer sua lição de casa. Nessa situação muitas vezes ela grita por socorro, e lá vai você, normalmente o adulto mais próximo, aventurar-se em ajudá-la. Como você também já passou pelo mesmo processo quando era criança, a primeira coisa que pensa é “Isso é realmente uma tortura, porque será que fazem isso com as crianças?!”. Mas como não pode dizer o que pensou para seus filhos, respira fundo com autoridade e coragem dizendo: “Vamos lá... Você tem que fazer isso, é preciso. Lembre-se que é sua única obrigação como criança”, assim, juntos, fazem daquela próxima hora um verdadeiro sacrifício a dois. 
O que normalmente acontece nessa hora é o seguinte, você começa a ler o material de estudo em voz alta junto com a criança, que parece estar atenta, mas a cabecinha dela talvez esteja voando longe. Quando acaba de ler, pergunta se ela entendeu, só por desencargo de consciência, pois você já sabe que a resposta é “não”. Então, do seu jeito, tenta explicar-lhe usando os exemplos do livro e, quem sabe, talvez ainda peça para a criança copiar a lição para poder “decorar” tudo. 

A criança até faz tudo aquilo que você mandou, mas com a cabeça na liberdade e diversão que vêm depois disso... E o que resta daquilo que ela estudou? Ou repetiu? Talvez alguma coisa para a próxima prova. Mas para o futuro, que ela possa levar consigo durante mais tempo? NADA! 

E tudo o que a criança precisava era de uma boa dose de motivação e diversão, que faria toda a diferença. Mas não se sinta mal por isso, afinal de contas você também não deve ter tido isso dos seus pais, e somente lhe sobra a possibilidade de fazer da mesma forma que aprendeu. 

Porém se você deseja ou imagina que tudo poderia ser diferente, só não sabe como, relaxe e continue lendo. 
O que a criança quer? Ela quer brincar, quer que as coisas sejam agradáveis e interessantes, e se assim for, aprender é uma conseqüência agradável, e não um objetivo árido. 

As crianças amam os lápis e as canetas coloridas, papéis em tamanho grande para serem pintados e rabiscados, assim como os desenhos e a liberdade de fantasiar. Se ainda tiverem companhia para tais aventuras, então muitas se realizam com muito pouco. Então por que você não aproveita tudo isso a favor de ambos? Do aprendizado, da motivação e da diversão dela, enquanto ainda pode tornar as coisas mais fáceis e alegres para si mesmo(a). 

Como fazer isso? É muito simples: utilize os Mapas Mentais. Não precisa se preocupar em saber fazer para começar, primeiro você começa e depois que estiver colhendo os resultados com certeza vai querer saber mais sobre essa ferramenta, até acabar descobrindo que é utilizada desde crianças até executivos de grandes grupos empresarias. É uma excelente ferramenta de gestão de informações e de desenvolvimento do raciocínio, enquanto possui uma estrutura valiosa para absorver a atenção e melhorar a qualidade da memória. 

Imagine algo simples, muito simples, que qualquer professor de escola poderia utilizar a seu favor, embora normalmente desperdice apenas por ignorância: “O que aconteceria se cada uma das crianças que desenham durante os estudos, aproveitasse essa inclinação ou dom naturais para elaborar ilustrações ou desenhos relacionados com a fixação dos conteúdos da aula?” E se todas aquelas cores e formas, que tanto atraem a atenção infantil, estivessem relacionadas com a necessidade de seus cérebros representarem os conteúdos também numa forma que fosse absorvida pelos seus sentimentos e percepções subjetivas, processadas pelo hemisfério cerebral direito? 

Talvez você concorde conosco que a habilidade de pintar ou desenhar que possuímos na infância e adolescência poucas vezes sobrevive às investidas inibidoras de nossa cultura de hemisfério cerebral esquerdo (racionalista e lógica), graças ao esforço de alguns de nossos professores escolares em nos dissuadir de desenvolver tais competências... E se isso pudesse ser utilizado a nosso favor. Possivelmente muitos de nós não teriam se tornado “analfabetos” em cores, formas, desenhos e representações gráficas. Talvez também fosse possível utilizar a música (ou qualquer outro estímulo que seja processado pelo nosso hemisfério cerebral direito) como “instrumento” de focalização de atenção nos estudos, tal qual fazem alguns adolescentes para estudar, cujo rendimento escolar é digno de nota. 

Voltando para a nossa criança, como você deve então utilizar os Mapas Mentais? Aqui vão as dicas para você começar a lidar com os deveres de casa de forma divertida e atraente para as crianças e também para si, quem sabe, já que nunca é tarde para resgatarmos nossas habilidades adormecidas: 

-Você vai precisar do seguinte material: folhas de papel branco de preferência grandes (A3 ou maior), que você deverá usar na horizontal, muitos lápis e canetas coloridas, recortes de jornais e revistas velhas, adesivos e talvez um tubo de cola; 

-Como estudar com a criança passo a passo: você identifica os conteúdos a serem tratados no dever de casa ou na matéria a ser estudada para a prova. Em seguida convida a criança a representar os conceitos-chave do assunto com desenhos ou figuras. Isso é muito divertido se você permitir que a criança faça qualquer tipo de ilustração que represente, para ela, o conceito, mesmo que seja algo abstrato ou o desenho dela seja absurdo – isso não importa. O que mais vale é estimular a criança a se relacionar com o material de forma divertida e criativa, enquanto focaliza sua mente no contexto que lhe servirá de “porta” de acesso aos ambientes mentais nos quais guardará seus conhecimentos, tirando assim o peso da obrigação e ficando na atmosfera de brincadeira cujos sentimentos sejam bons e podem absorvê-la e entretê-la por horas seguidas; 

-Depois que tiverem desenhos ou figuras para representar os principais conceitos ou palavras da matéria, convide a criança para começar a montar o Mapa Mental na folha de papel grande... Veja como fazer no exemplo prático que descrevemos abaixo. 

Quando o Mapa Mental estiver pronto, você irá se surpreender ao notar que a criança já terá absorvido o conteúdo, enquanto esse mesmo Mapa servirá como material de estudo para ela em próximas ocasiões, não havendo mais a necessidade de recorrer à leitura de todo o material. Outra vantagem é a facilidade com que ela vai memorizar os conteúdos, pois ao utilizar as palavras e os desenhos coloridos para representá-los, estará utilizando todo seu potencial cerebral, ou seja, o hemisfério cerebral esquerdo estimulado pelas palavras (forma linear) e o hemisfério cerebral direito estimulado pelos desenhos e cores. Essa é talvez, a maior diferença das pessoas geniais, elas usam todo o seu potencial, e não apenas a metade dele. 

Pense agora a respeito dos valiosos dados colhidos numa pesquisa realizada ao longo de mais de vinte e cinco anos por cientistas do comportamento da Utah University. Testes de criatividade realizados pelo Dr. Calvin Taylor, apresentados no livro do Dr. George Land (“Ponto de Ruptura e Transformação”), indicam uma realidade impressionante: oito tipos de testes de criatividade aplicados num universo de aproximadamente mil e seiscentos indivíduos avaliados em diferentes fases da vida evidenciaram o seguinte: 98% de um grupo de crianças comuns, cuja idade se situava entre três e cinco anos, apresentaram desempenho de criatividade correspondente à genialidade; posteriormente, 32% das crianças, entre oito e dez anos, possuíam grau de gênio; apenas 10%, entre treze e quinze anos, ainda permaneciam “gênios”; e, finalmente, restaram apenas 2% dos jovens adultos acima de vinte e cinco anos com essas competências. Seriam esses dados as evidências que precisamos para projetar uma nova escola?

Agora vamos dar um exemplo prático de como você pode estudar com a criança de forma divertida e muito mais efetiva. Nesse exemplo vamos utilizar um item bem simples do estudo da nossa gramática - vozes verbais. E passo a passo, vamos montar um estudo atraente para a criança, baseado no Mapa Mental: 

- verifique qual a matéria ou conceito a ser estudado pela criança. No nosso exemplo, as vozes verbais da Gramática Portuguesa, que são: voz ativa, voz passiva (sintética e analítica) e voz reflexiva (reflexiva e reflexiva recíproca); 

- com uma simples passada de olhos pelo livro de gramática você já percebe quais são as palavras chaves que a criança deve aprender, e o que elas representam – dê atenção especial aos negritos, subtítulos e títulos, pois normalmente eles servem para destacar informações; 

- sem ler ou explicar previamente a matéria contida no livro de gramática, convide a criança a fazer um desenho, ou encontrar uma figura que represente cada uma dessas palavras: “vozes”, “verbais”, “ativa”, “passiva” e assim por diante – se necessário, explique-lhe o significado das palavras utilizando analogias e metáforas (outro importante recurso de ensino muitas vezes esquecido); 

- a criança utilizando-se dos lápis e canetas coloridos desenha o que lhe vem à mente, como já explicamos um pouco antes; 

- quando já tiverem alguns desenhos ou gravuras, podem iniciar a confecção do Mapa, pegando uma folha de papel branco de tamanho grande, utilizando-a na horizontal, na qual a criança escreverá bem no centro, com poucas palavras o tema do estudo – no nosso exemplo ela escreverá “vozes verbais”, depois ela desenhará ou colará, bem próxima a essas palavras, o que ela havia criado antes. Para que palavras e desenhos mostrem que são um conjunto de informações, a criança ainda pode envolver esses desenhos e palavras com um círculo, ou com o desenho de uma nuvem, ou ainda um quadrado; 

- com um pouco de explicação ou recordação do que a criança já aprendeu na sala de aula, o adulto pode lembrá-la que as vozes verbais estão dividas em três grupos, e propor que sejam colocadas no Mapa. Para isso a criança desenha três linhas grossas que saem do centro (tema), e em cima de cada linha coloca a palavra que representa cada uma das três divisões. Em seguida ela completa com os desenhos ou figuras para cada palavra, que já fez previamente; 

- A divisão principal do Mapa Mental então está pronta, agora vamos para subdivisões, procedendo da mesma forma, incluir duas linhas ligadas à linha onde está escrito “passiva”, de forma que possa incluir suas subdivisões: sintética e analítica. Ela deve fazer o mesmo para “reflexiva”; 

- Quando a estrutura toda do Mapa estiver pronta, então você pode brincar um pouco com a criança com os exemplos, fazendo como um teatro, de forma divertida onde ela possa participar repetindo ou falando o contra-exemplo daquilo que você fala. Por exemplo: na voz ativa “Eu mordo a sua bochecha”, se ela revidar, ai vem o exemplo da passiva “Minha bochecha foi mordida por um tigre feroz”, e assim por diante. Note que algumas crianças fixam ainda mais as memórias caso sua motricidade ou suas sensações sejam também estimuladas, assim, ao expressar que morde a sua bochecha, por que não brincar de morde-la ao mesmo tempo? Assim que perceber que a criança já falou frases que contenham os três tipos de vozes verbais, então solicite para ela escrever as frases em papeizinhos coloridos e recortados em diferentes formatos (oval, nuvem, retângulo, etc) – “post it” podem ajudar bastante nesse momento; 

- Volte para o Mapa e explique onde colocar cada uma das frases dos papeizinhos, que são os exemplos das vozes verbais. Onde se encaixam no Mapa Mental. Ao mesmo tempo providencie que sejam colocados ou colados pela criança na divisão onde devem estar. 

Agora veja tudo isso depois de pronto como ficaria em um Mapa Mental:
[ADICIONAR MAPA!]

Legal não é mesmo? Está achando divertido e colorido? Imagine então uma criança o que vai achar! Ela não vai nem perceber que estudou durante esse tempo, pois para ela vocês estavam brincando. Além de obter um rendimento de estudo muito melhor para ela, você será a pessoa mais querida e requisitada para ajudar nos deveres de casa – em breve ela saberá fazer isso tudo com autonomia, enquanto transforma o seu estudo numa oportunidade de prática de várias formas de representar a linguagem que lhe serão extremamente úteis no futuro! 
Note que qualquer matéria pode ser estudada com Mapas Mentais, que comprovadamente é uma “ferramenta” poderosa para qualquer tipo de pessoa, não só crianças, como já mencionado. Só para você ter uma idéia do poder dessa ferramenta chamada Mapas Mentais, atualmente ela vem sendo utilizada como auxiliar no estudo para crianças com dislexia, com resultados maravilhosos. Se você quiser ler mais sobre isso visite o site da BBC News e leia uma matéria datada de 14/Abril/2002. 

Experimente transformar os deveres de casa em atividades motivantes, divirta-se e depois conte-nos os resultados! 

Se quiser poderá nos enviar cópias dos Mapas Mentais que construir junto com suas crianças, pois assim poderemos incluí-los em nosso arquivo, e eventualmente publicá-los no site, como exemplos para outros tantos pais, tios, tias, avós que poderão motivar-se a transformar o momento do dever de casa em diversão. 

Mesmo que você tenha estacionado seus dons artísticos naqueles desenhos de sóis, pássaros e casinhas no campo, sem perspectiva ou profundidade, não se lembrando de como combinar melhor as cores, saiba que tais estratégias de expressão podem ser desenvolvidas a partir de onde você parou. Quer você decida ou não buscar o desenvolvimento de tais estratégias mentais a partir de agora, é importante que você tenha em mente que poderá proporcionar aos seus alunos ou filhos uma vida escolar mais produtiva e de menor esforço em decorar ou memorizar os conteúdos, pois, como adultos sabemos que a maior parte deles pouco nos serviram, exceto como informações que, muitas delas, já não correspondem mais à realidade.

Bovo, V. & Hermann, W. – “Mapas Mentais – Enriquecendo Inteligências” – Edição dos autores

FONTE: http://www.congressodeaprendizagem.com.br

"O ensino deve favorecer a arte de agir" - Edgar Morin

A Arte e o Cérebro no Processo da Aprendizagem 

Profa. Celeste Carneiro


FACILITANDO A APRENDIZAGEM
Com as recentes pesquisas sobre o funcionamento do cérebro, a Teoria das Inteligências Múltiplas, a avaliação das aptidões cerebrais dominantes, e técnicas que foram criadas para acelerar a aprendizagem, tornou-se muito mais fácil aprender e gravar na memória o que estudamos. 
Psicólogos, neurologistas e pesquisadores vêm escrevendo os resultados desses estudos, esclarecendo-nos e deixando-nos entusiasmados com os resultados obtidos por quem utiliza essas técnicas.


O LADO DIREITO DO CÉREBRO
A grande maioria das pessoas foi acostumada a pensar e agir de acordo com o paradigma cartesiano, baseado no raciocínio lógico, linear, seqüencial, deixando de lado suas emoções, a intuição, a criatividade, a capacidade de ousar soluções diferentes. 
António Damásio, respeitado e premiado neurologista português, radicado nos Estados Unidos e com muitos trabalhos publicados, em seu recente livro O erro de Descartes, afirma que  “o ponto de partida da ciência e da filosofia deve ser anti-cartesiano:  "existo (e sinto), logo penso”.

A visão do homem como um todo, é a chave para o desenvolvimento integral do ser.  

Mandala - Autora: Iraci Santana.Utilizando mais o hemisfério esquerdo, considerado racional, deixamos de usufruir dos benefícios contidos no hemisfério direito, como a imaginação criativa, a serenidade, visão global, capacidade de síntese e facilidade de memorizar, dentre outros.Através de técnicas variadas poderemos estimular o lado direito do cérebro e buscar a integração entre os dois hemisférios, equilibrando o uso de nossas potencialidades.
Uma dessas técnicas consiste em fazer determinados desenhos, de forma não convencional, de modo que o hemisfério esquerdo ache a tarefa enfadonha e desista de exercer o controle total, entregando o cargo ao hemisfério direito, que se delicia com o exercício.

O uso de música apropriada que diminui o ritmo cerebral, também contribui para que haja equilíbrio no uso dos hemisférios cerebrais. 

Há pesquisadores que sugerem a música barroca, especialmente o movimento “largo”, que causa as condições propícias para o aprendizado.  Ela tem a mesma freqüência que um feto escuta e nos direciona automaticamente ao lado direito do cérebro, fazendo com que as informações sejam gravadas na memória de longo prazo.

Músicas para relaxamento, como as “new age”, surtem os mesmos efeitos. 

Nossa mente regula suas atividades através de ondas elétricas que são registradas no cérebro, emitindo minúsculos impulsos eletroquímicos de variadas freqüências, podendo ser registradas pelo eletroencefalograma.  Essas ondas cerebrais são conhecidas como:

Beta, emitidas quando estamos com a mente consciente, alerta ou nos sentimos agitados, tensos, com medo, variando a freqüência de 13 a 60 pulsações por segundo na escala Hertz; Alfa, quando nos encontramos em estado de relaxamento físico e mental, embora conscientes do que ocorre à nossa volta, sendo a freqüência em torno de 7 a 13 pulsações por segundo; Teta, mais ou menos de 4 a 7 pulsações, é um estado de sonolência com reduzida consciência;  e 
Delta, quando há inconsciência, sono profundo ou catalepsia, emitindo entre 0,1 e 4 ciclos por segundo.
As duas últimas são consideradas patológicas. Geralmente costumamos usar o ritmo cerebral beta.  Quando diminuímos o ritmo cerebral para alfa, nos colocamos na condição ideal para aprendermos novas informações, guardarmos fatos, dados, elaborarmos trabalhos difíceis, aprendermos idiomas, analisarmos situações complicadas. A meditação, exercícios de relaxamento, atividades que proporcionem sensação de calma,  também proporcionam esse estado alfa. De acordo com neurocientistas, analisando eletroencefalogramas de pessoas submetidas a testes para pesquisa do efeito da diminuição do ritmo cerebral, o relaxamento atento ou o profundo, produzem aumentos significativos de beta-endorfina, noroepinefrina e dopamina, ligados a sentimentos de clareza mental ampliada e de formação de lembranças, e que esse efeito dura horas e até mesmo dias.  É um estado ideal para o pensamento sintético e a criatividade, funções próprias do hemisfério direito. 
Como é fácil para este hemisfério criar imagens, visualizar, fazer associações, lidar com desenhos, diagramas e emoções, além do uso do bom humor e do prazer,  o aprendizado será melhor absorvido se estes elementos forem acrescentados à forma de se estudar.

USO INTEGRAL DO  CÉREBRO
O ideal é que nos utilizemos de todo o potencial do cérebro, riquíssimo, surpreendente! Quando levamos uma vida inteira exercitando quase que só as funções do hemisfério esquerdo, ou só o lado direito, ocorrem as doenças cerebrais degenerativas, tão temidas, como o mal de Alzheimer, por exemplo. 
Necessitamos, portanto, estimular as diversas áreas do nosso cérebro, ajudando os neurônios a fazerem novas conexões, diversificando nossos campos de interesse, procurando nos conhecer melhor para agirmos com maior precisão e acerto.
Howard Gardner, o psicólogo americano criador da Teoria das Inteligências Múltiplas, identificou inicialmente sete tipos de inteligência no ser humano que são estimuladas e expressas de formas diferentes, de acordo com cada pessoa. São elas:
  • verbal/linguística;
  • lógica/matemática;
  • musical; corporal/cinestésica;
  • visual/espacial;
  • interpessoal;
  • intrapessoal.
Atualmente foi acrescentada a inteligência naturalista e a existencial, 
estando esta última ainda em estudo. 


A Teoria das Múltiplas Inteligências deverá ser aplicada não apenas com os diversos indivíduos, para atingir cada pessoa, de acordo com o seu ponto de interesse, mas em nós mesmos, buscando desenvolver cada tipo de inteligência que trazemos em estado latente.

Foi desenvolvido nos Estados Unidos um sistema de avaliação das aptidões cerebrais dominantes, utilizado também por alguns escritores nacionais e que mostra com clareza quais as áreas do cérebro que damos maior preferência e, daí, é feito um perfil psicológico da pessoa, sua maneira de agir na vida, qual o lugar de sua preferência numa sala de aula, como melhor aprende, etc.  A esse resultado, temos acrescentado outros elementos, dentro de uma visão holística do ser humano, que tem ajudado bastante as pessoas.

Conhecendo as áreas que são mais estimuladas, 
passa-se então a praticar uma série de exercícios para ativar as regiões menos utilizadas, 
de modo que, com o passar do tempo, nossa capacidade de agir como um ser humano integral estará bastante aprimorada. 


Seremos lógicos e intuitivos, práticos  e sonhadores, racionais e emotivos, seguiremos os padrões vigentes e utilizaremos a nossa criatividade, teremos “os pés no chão e a cabeça nas estrelas”...  Seremos, enfim, do céu e da terra, captando todos os ensinamentos com facilidade, independente da faixa etária. Isto nos tornará muito mais capazes e autoconfiantes.


EXPERIÊNCIA COM O HEMISFÉRIO DIREITO    

Figura humana de imaginação (acima)  e, à direita, de observação.
Autora: Nazareth Bastos, 1993.
Desde 1992, quando iniciamos a coordenar o curso DLADIC – Desenvolvimento do lado direito do cérebro, onde utilizamos o desenho como pretexto para atingir os nossos objetivos, que vimos nos surpreendendo com o manancial riquíssimo que possuímos, armazenado em nosso cérebro, aguardando as condições propícias para se manifestar.
Nesse período, passaram pelo curso mais de trezentas pessoas.  Cada uma com um interesse diferente, com uma motivação própria.
Quase todas, nos primeiros contatos, afirmavam ser incapazes de fazer qualquer tipo de desenho, de criar alguma coisa, de prestar atenção ou se concentrar em algo.
No decorrer do processo de desbloqueamento, essas pessoas iam ficando surpresas com os resultados visíveis nos seus trabalhos artísticos e com a descoberta de uma nova forma de ver o mundo e de ver-se a si mesmas.
Um dos primeiros exercícios é o de atenção, concentração, meditação.  Utilizando uma folha de papel tamanho ofício, sem tirar o lápis do papel, o aluno vai traçando linhas retas horizontais e verticais que se cruzam, formando uma composição. Após preencher a folha de acordo com o seu gosto, pode consertar as linhas que ficaram mais tortas e, em seguida, contorná-las com hidrocor preto e pintar as formas que as linhas fizeram de modo que desligue temporariamente o hemisfério esquerdo a fim de dar vazão ao hemisfério direito, enquanto ouve-se música relaxante ou subliminar, em profundo silêncio, meditando sobre as seguintes questões:



  • O que senti com a limitação de não poder tirar o lápis do papel, de só poder fazer linhas retas horizontais e verticais?
  • Como reajo quando sou limitado nos meus gestos, quando tenho de seguir orientações vindas de fora de mim mesmo?
  • Como convivo com isso no meu dia-a-dia?
  • O que senti quando fui liberado para consertar o que errei?
  • O que o erro representa para mim?
  • Como convivo com as coisas simples?
  • Em que o desenho se parece comigo, com a minha forma de ser?
  • Na minha vida tem muitos labirintos? Tem muitos espaços inacessíveis? É uma vida clara, alegre, aberta para acolher o outro?
  • Como lido com a minha vida?
  • Tenho facilidade para me deixar conduzir pelo fluxo da vida, não apressando o rio?
São questionamentos que a pessoa vai fazendo e respondendo a si mesma, sem externar para os outros, se assim o quiser. Inclusive os próprios desenhos, que são utilizados como pretextos para ter acesso ao lado direito do cérebro, não precisam ser mostrados a ninguém.  É um momento íntimo, pessoal, onde nos damos o direito de ser o que somos, com erros e acertos, sem censuras nem justificativas, arriscando a exploração de um campo novo e cheio de surpresas.  É um caminho para o autodescobrimento. Nesse exercício vemos alunos realizando trabalhos quase perfeitos num prazo de uma aula, e passando duas a três aulas para corrigir o que foi feito!  Outros, se negam a consertar, dizendo:  “minha vida é assim mesmo, cheia de traços tortuosos, não quero corrigi-los.”  Alguns mostram-se confusos com a simplicidade da proposta, tão acostumados estão com a complexidade dos desafios que enfrentam diariamente.  E refazem o exercício várias vezes, até conseguirem atender a 
contento a orientação dada... 

Estando pronto o trabalho, a alegria é estampada no rosto diante da composição inesperada.  Às vezes colocam no quadro, emoldurando-a, sentindo-se artistas.

Dessa composição, estimulamos a criatividade sugerindo a infinidade de novos trabalhos que poderão surgir a partir de pequenos detalhes ampliados e explorados com os mais diversos materiais e para as mais variadas finalidades:  mural, divisória, painel, quadros a óleo, colagens, objetos tridimensionais, etc. No exercício para desenvolver o poder mental, vemos aqueles que estão acostumados à meditação, à busca do crescimento espiritual, se entregarem à tarefa com determinação, conseguindo colocar no papel o que visualizou e dando um colorido forte, rico em contrastes, prosseguindo em casa com as variações desse mesmo trabalho.  Já os que não se preocupam muito com estas questões sentem mais dificuldade e precisam de um maior assessoramento.

Trabalhando com a criatividade, aproveitamos o desenho de observação para uma nova composição, onde o objeto do desenho é dissolvido, passando a ser parte do processo criativo, misturando-se com o todo.  Tiramos parte desse trabalho, ou detalhes para novas criações, como se fosse uma cornucópia de onde saem sempre novas idéias. 

Com esse exercício chamamos a atenção para o trabalho em equipe.  A importância de cada componente para que o grupo ou a empresa sobressaia.  Quando destacamos alguém da equipe, por mais insignificante que seja, poderemos estimulá-lo e ver surgir um rico potencial de grande utilidade e beleza.  Quando valorizamos um pequeno grupo da equipe, o rendimento também pode ser bem melhor.  Também ressaltamos a importância de respeitar os limites, os espaços.

Num estágio mais adiantado trabalhamos com o desbloqueio dos vícios de observação e a flexibilidade mental. 
Nas tarefas recebidas, o aluno vai  esquecer o nome dado às coisas e procurar ver o real, sem simbolismo algum, exatamente o que está à sua frente. Por vivermos distanciados do real, do verdadeiro, sofremos tanto!  Imaginamos tantas coisas diante de um fato, de um gesto, de um acontecimento, quando o significado real era outro, completamente diferente do imaginado!
Neste trabalho, é solicitado a ver as situações por diversos ângulos: por dentro, por fora, comparando tamanhos, aberturas, distâncias...  Saindo da parte para o todo e vice-versa, de forma constante, num estado de relaxamento atento, esquecido do tempo e das preocupações que tinha nos momentos que antecederam a aula.  É sugerido que leve a experiência para o dia-a-dia, procurando descobrir sempre novas soluções para os problemas e desafios da vida, evitando não cristalizar idéias e pontos de vista.
Estimulamos a observação atenta do companheiro que trilha conosco o mesmo caminho na vida, flexibilizando a mente para olhá-lo sem os conceitos e preconceitos que enraizamos em nós mesmos ao longo da convivência. Por mais tempo que tenhamos de convivência, não conhecemos ninguém o suficiente, pois todos nós estamos em processo contínuo de mudança.  E cada pessoa é sempre uma incógnita que nos surpreende. Utilizamos nesse exercício a figura humana em desenhos realizados com traços, a lápis ou bico de pena. No decorrer do curso algumas pessoas saem e dão um tempo.  Depois voltam e me dizem que determinado trabalho mexeu tanto com elas que resolveram fazer terapia ou se trabalharem melhor em determinado aspecto que não tinham dado a devida importância antes. 
Outras, com um pequeno estímulo, descobrem o potencial artístico que têm e se lançam no mundo das artes, criando e pintando quadros que são levados à exposição até em outro estado do Brasil.  Uma dessas alunas, fez apenas um mês de aula e passou a pintar quadros, viajando em seguida por vários países, descobrindo coisas novas,  deixando dois painéis seus num restaurante da Nova Zelândia.
Vemos crianças conseguindo concentrar-se em casa para fazer os seus deveres estudantis, adolescentes encontrando mais facilidade na aprendizagem das matérias escolares, adultos escrevendo melhor, compreendendo a comunicação não-verbal, lendo mais e conseguindo um maior relaxamento diante das tensões diárias.  Idosos empregando o seu tempo na aquisição de maiores conhecimentos, na realização de antigos sonhos, na descoberta de suas potencialidades.
A música, o silêncio interior e exterior, os exercícios de desenho, de criatividade, as mandalas e, em algumas ocasiões, a videoterapia, têm sido fortes aliados na conquista dessa riqueza íntima que possuímos e não sabíamos ser possuidores. Com os avanços das pesquisas sobre o cérebro, acrescentamos novas abordagens a este curso, visando o uso de todo o potencial do cérebro, procurando equilibrar o hemisfério esquerdo com o hemisfério direito. Passou então a ser chamado Criatividade e Cérebro, para aulas em grupo e Em busca da harmonia, para ser mais feliz, para o atendimento individual. 
Atualmente, encontram-se à disposição de quantos queiram estar preparados para o novo milênio, os mais diferentes recursos de crescimento interior, divulgados pelos mais diversos meios,  através de profissionais interessados na formação de uma nova sociedade.  É só buscar...
Os desenhos enviados são de pessoas sem nenhuma experiência nessa área, que tinham dificuldade de concentração, memorização e criatividade
Bibliografia:
Desenhando com o lado direito do cérebro – Betty Edwards - Ediouro Aprendizagem e criatividade emocional – Elson A. Teixeira  –  Makron Books Cérebro esquerdo, cérebro direito -  Springer e Deutsch – Summus Editorial Alquimia da Mente – Hermínio C. Miranda – Publicações Lachâtre Viver Holístico – Patrick Pietroni – Summus Editorial Revista Planeta, nº 201 – junho 1989 Revista Globo Ciência, ano 4, nº 39 
Revista Nova Escola – Setembro 1997
Autora  
Celeste Carneiro é orientadora do curso Criatividade e Cérebro, Facilitando a Aprendizagem, Mandalas Terapêuticas, e outros que visam estimular os hemisférios cerebrais.
É artista plástica, educadora e terapeuta.  E-mail:  cel5@terra.com.br


active o seu cerebro

Hoje, as pessoas preocupam-se muito em melhorar a sua qualidade de vida para enfrentar, com maior possibilidade de sucesso, as diferentes situações que surgem com frequência no dia-a-dia. Para isso, não é suficiente desenvolver apenas o potencial físico, preparando o corpo por meio de ginástica, exercícios e actividade aeróbica. Numa visão integral do ser humano, também é necessário desenvolver o potencial interno.

missing image fileEle é especial
Responsável pela inteligência e pelos sucessos ou insucessos pessoais e profissionais, o cérebro é a estrutura mais complexa e o mais desafiante instrumento do corpo. Tão grande é a sua importância, que é o único órgão do corpo com uma embalagem rígida para a sua proteção, o crânio.O cérebro cuida não só da manutenção da vida como também das emoções, da capacidade de raciocinar mais claramente, da facilidade maior ou menor de encontrar soluções para as diversas situações enfrentadas. É responsável pela criatividade, inteligência e aprendizagem.O cérebro é o único órgão com possibilidade de melhorar o próprio desempenho quanto mais for utilizado. Um cérebro constantemente exigido, treinado, utilizado e desafiado terá um desempenho cada vez melhor, independentemente da idade da pessoa.Órgão do pensamento e da coordenação neural, ele funciona por meio dos estímulos que recebe e interpreta todos os órgãos sensoriais: audição, visão, olfacto, tacto e paladar. Esses estímulos estão a fornecer, constantemente, informações captadas do ambiente. Tais informações são recebidas, transformadas em descargas eléctricas e transmitidas de neurónio para neurónio através dos dendritos e sinapses (ligações cerebrais entre neurónios) para as diversas memórias que compõem o cérebro. Aí, ficam arquivadas aguardando o momento de serem usadas.
Mas não é suficiente ter as informações arquivadas nas memórias cerebrais. A medida da inteligência é dada, principalmente, pela rapidez e presteza com que as informações são resgatadas no arquivo cerebral. Elas são cruzadas com informações que vêm de outros arquivos e colocadas à disposição da pessoa para as decisões necessárias.
Necessidade de exercícioPara que todo esse trabalho de resgate e cruzamento de informações aconteça com eficácia e rapidez, é preciso que o cérebro esteja com os seus caminhos de informações ou sinapses devidamente desimpedidos, ativos, em forma e prontos para utilização. Só assim as informações arquivadas serão resgatadas no momento certo, no tempo necessário, e circularão com rapidez, auxiliando nas decisões.Daí a necessidade de o cérebro ser constantemente exercitado para abrir os caminhos e aumentar as ligações. Isso pode ser feito através de exercícios e movimentos coordenados do corpo que, executados de maneira apropriada, entram e estimulam partes específicas do órgão, anteriormente pouco utilizadas e desconectadas do conjunto cerebral.Como o cérebro é dividido em duas partes, hemisférios direito e esquerdo, que são responsáveis por atividades e controlos diferentes no corpo, é necessário ativar e estimular esses hemisférios para que trabalhem simultânea e integralmente, oferecendo a possibilidade da sua utilização de maneira total.Essa é a base da ginástica cerebral desenvolvida por uma equipa de cientistas da Universidade da Califórnia, coordenada por um médico indiano radicado nos Estados Unidos, chamado Paul Denisson. As vantagens da ginástica cerebral são evidentes.
Com o cérebro exercitado, vive-se mais e melhor, evitando ou diminuindo os efeitos de alguns problemas característicos da velhice, como perda de memória e senilidade, despertando a criatividade e aumentando a capacidade de aprendizagem de raciocínio e de memória.
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Saindo da rotinaExercícios físicos, palavras cruzadas, quebra-cabeças, andar para trás e tomar banho no escuro podem ser estimulantes para o cérebro, dizem os especialistas na área. Segundo médicos, esse tipo de atividade é importante para manter o cérebro activo.De acordo com a geriatra Fátima Fernandes Cristo, na terceira idade podem aparecer doenças como a doença de Alzheimer, que interferem na memória, mas são a excepção e não a normalidade. Essa informação já foi confirmada pela revisão de 40 anos de estudos feitos na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.Uma pesquisa, que avaliou homens e mulheres com mais de 65 anos de idade, concluiu que aqueles que se exercitam entre 15 e 30 minutos, pelo menos três vezes por semana, reduzem os riscos de sofrer de doença de Alzheimer.A mudança da rotina é um fator importante para o desenvolvimento da capacidade mental. Mas apenas substituir uma ação por outra não quer dizer que o cérebro faça novas conexões. Por exemplo, quando se escreve um texto usando uma caneta, algumas áreas do cérebro são ativadas. Se escrever o mesmo texto, mas com lápis, a diferença será pequena, mas escrever com a mão esquerda ou com um teclado leva o cérebro a criar novas conexões e a desenvolver-se.
Tente gozar férias em lugares desconhecidos, aprender um novo idioma, comunicar através de língua gestual ou praticar um hobby. Sair da rotina, viajar, ler, estudar, usar o relógio no braço trocado, aprender alguma arte. Qualquer situação nova, fora da rotina, que traga prazer, pode servir como estimulante.
Cinco coisas que preservam o poder do cérebro
• Habitue-se a ler pelo menos 20 páginas de um livro por dia.
• Faça palavras cruzadas ou algum outro passatempo que exija algum esforço mental.
• Aprenda a tocar um instrumento musical.
• Faça exercícios físicos pelo menos quatro vezes por semana.
• Caminhe ao ar livre. Assim, levará o seu cérebro a passear.

Cinco coisas que prejudicam o cérebro
• Inactividade física.
• Inactividade mental.
• Passar longas horas diariamente em frente da televisão.
• Assistir a novelas e outros programas de baixa qualidade na televisão.
• Drogas de qualquer tipo, incluindo cafeína, tabaco e álcool.

“O ser humano é capaz de manter a atividade das células cerebrais durante toda a vida, conservar bom raciocínio mesmo na velhice”, informa Fátima Cristo. Há diversos casos de pessoas com 90, 100 anos, que continuam a ter bom raciocínio e a lembrarem-se das coisas. Exercícios de raciocínio não são o único fator importante para o bem-estar do cérebro. É necessário também que a pessoa se sinta sempre útil, caso contrário, pode ficar deprimida. E quando há doença, mesmo com estímulo, o cérebro não responde.

Neusa Pinheiro
Jornalista 

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A MENTE APAGA REGISTROS DUPLICADOS 
Por Airton Luiz Mendonça 
(Artigo do jornal O Estado de São Paulo) 
O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perder a noção do tempo..

Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:

Nosso cérebro é extremamente otimizado.
 

Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
 

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.
 

Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.
 

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. 

É quando você se sente mais vivo.
 

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.

Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.

Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

Como acontece?
 
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).

Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção
 de passagem do tempo. 

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.

Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, -.... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.

Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...
 

ROTINA
 

A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).
 

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou
 registros com fotos. 

Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.


Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. 


Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. 

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
 

Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. 

Seja diferente.
 

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... em outras palavras... V-I-V-A. !!!
 

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.

Cerque-se de amigos.
 

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado,
 não é? 

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida. 



E
 S CR EVA em tAmaNhosdiFeRenTes em CorES di fE rEntEs ! 

CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE.... 

V I V A !!!

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EU em ENTREVISTA- Educadores Multiplicadores!

Mimo no BONIFRATI...



Usando a criatividade,
todo mundo pode pensar diferente.
Que 2 + 2 são dois patinhos.
E até detrás para frente.
Se permitir criar,
Tudo pode mudar.

Seja arte, escrita, música.
Receita, caminho, solução.
O que importa é pôr a mente para funcionar
e dar à luz a imaginação

Melhor ainda, se arriscar.
Tomar coragem e compartilhar.
Deixar vir ao mundo e ao mundo mostrar.

Nada que fica na gaveta,
pode trazer boas coisas para o planeta

Abra a sua caixa secreta.
E mergulhe na mente, a sua biblioteca.
Criar é concretizar ideias.

Linguagem Escrita!

"...a escrita deve ter significado para as crianças, uma necessidade intrínsica deve ser despertada. Nelas, a escrita deve ser incorporada a uma tarefa necessária e relevante para a vida. Só então poderemos estar certos de que ela se desenvolverá não como hábito de mão e dedos, mas como uma forma nova e complexa de linguagem".
Vygotsky.

Professores!

A arte torna o trabalho educativo interessante, atraente e sedutor. Para tornar os alunos mais sensíveis e despertá-los para um mundo novo de sensações, o talento e a flexibilidade do professor, da sua arte, dependerá o êxito da sua missão.

Alegria....alegria!

ALFABETIZAÇÃO

O processo de alfabetizar é apaixonante,
antes de tudo é um ato de amor,
coragem e persistência. Pelo simples e
talvez o mais gratificante fato
de permitir ao ser pensante a liberdade
de construção da sua própria história.






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SELINHOS 2012! Obrigada!

Da amiga Leila Bambino!

Glitter Photos
Ganhei da amiga Claudia! Obrigada.
Glitter Photos
Da amiga GISELA.Obrigada!
Da amiga Viviane,Obrigada!
SELINHO A RECEBER... selo4 Glitter Photos Glitter Photos
Selinho pra você!Glitter PhotosSelinho Amigo a todos os Parceiros do Blog "Educando Com Amor"...
Selinho Compartilhado
da Parceira BIA!
Espaço para Educação
Obrigada Amiga Gracita!
Obrigada Amiga Adriana!

Torcedora FELIZ! Bom D +!

TORCEDORA APAIXONADA!

Vida Divina! Vida Cotidiana!

Kids
See full size image Imagem15 300x183 A ESCOLA DE ATENÇÃO ÀS DIFFERENÇAS

Orar...refletir...imagens que dizem!

ORAÇÃO pela Saúde:
Senhor Deus de amor,Pai de bondade,nós vos louvamos e agradecemospelo dom da vida,pelo amor com que cuidais de toda a criação.Vosso Filho Jesus Cristo,em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores,sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo,e que a saúde se difunda sobre a Terra.Amém.






Gratidão e Interação!