Responsável pela inteligência e pelos sucessos ou insucessos pessoais e profissionais, o cérebro é a estrutura mais complexa e o mais desafiante instrumento do corpo. Tão grande é a sua importância, que é o único órgão do corpo com uma embalagem rígida para a sua proteção, o crânio.O cérebro cuida não só da manutenção da vida como também das emoções, da capacidade de raciocinar mais claramente, da facilidade maior ou menor de encontrar soluções para as diversas situações enfrentadas.
É responsável pela criatividade, inteligência e aprendizagem.
O cérebro é o único órgão com possibilidade de melhorar o próprio desempenho quanto mais for utilizado. Um cérebro constantemente exigido, treinado, utilizado e desafiado terá um desempenho cada vez melhor, independentemente da idade da pessoa.Órgão do pensamento e da coordenação neural, ele funciona por meio dos estímulos que recebe e interpreta todos os órgãos sensoriais: audição, visão, olfacto, tacto e paladar. Esses estímulos estão a fornecer, constantemente, informações captadas do ambiente. Tais informações são recebidas, transformadas em descargas eléctricas e transmitidas de neurónio para neurónio através dos dendritos e sinapses (ligações cerebrais entre neurónios) para as diversas memórias que compõem o cérebro. Aí, ficam arquivadas aguardando o momento de serem usadas.
Caso recente, exemplo de criatividade e superação. Mostra também um meio genuíno, de que podemos de muitas formas, vivermos a era da sustentabilidade.
Um encanto e exemplo verdadeiro de aprender com prazer.
Compartilho com todos vocês! Vale muito conferir esta reportagem, se você não assistiu pela tevê em primeiro de julho, no Programa do Fantástico(GLOBO).
Um encanto e exemplo verdadeiro de aprender com prazer.
A reportagem:
O caso do menino que construiu um fliperama com caixas de papelão, na frente da loja de autopeças do pai.
“Meu nome é Caine, tenho 9 anos. Meu fliperama se chama fliperama do Caine. Abre só no fim de semana. E é bem barato”, ele conta.
“Toda vez que o Caine passa na frente de um fliperama, ele para. Ele adora as fichas, os jogos, os prêmios. Então foi natural ele construir seu próprio fliperama. O Caine adora descobrir como as coisas são feitas. Ele desmonta todos os brinquedos para ver como funcionam. Depois não consegue montar de volta. Mas desmontar, ele desmonta!”, diz o pai dele.
“Meu pai tem um monte de caixas, das peças que ele vende. Eu recorto o papelão e faço as máquinas. O primeiro jogo que eu fiz foi de basquete, com uma cesta que eu ganhei de brinde na pizzaria. É muito legal”, diz o menino.
“Ele ficava chamando as pessoas para jogar. Uma ficha custava só alguns centavos. Os jogos foram ficando cada vez mais caprichados. Agora ele ocupou a loja toda”, diz o pai.
“Eu fui o primeiro cliente do Caine, e o conheci por acaso. Fui comprar uma maçaneta pro meu carrovelho e dei de cara com esse incrível fliperama de papelão. Eu perguntei quanto custava pra jogar. Ele disse que, por US$ 1, eu podia jogar quatro vezes. Mas, por US$ 2, tinha direito a um passe especial, pra jogar 500 vezes. Comprei o passe”, diz Nirvan, o primeiro cliente do Caine.
“O passe especial é uma pechincha. Ele vale por um mês! Também tenho meus cartões de visita, as fichas, e os prêmios”, diz Caine.
“Para os primeiros prêmios, eu usei meus brinquedos antigos, carrinhos de miniatura. Eu gostava de carrinhos quando eu era pequeno”, conta Caine.
“O jogo que eu construí na sequência foi o de futebol. Primeiro, eu não tinha goleiros, e as pessoas diziam que era muito fácil. Aí eu botei uns soldadinhos no gol. E também na defesa. Aí eu falei: ‘e agora, está fácil?’", afirma.
“Um dia o Caine me disse que queria comprar uma máquina dessas de pegar prêmios. Eu falei pra ele: por que não faz você? E ele fez, usando um gancho e um fio. O Caine comprou calculadoras pra colocar em cada máquina”, diz o pai do menino.
“As calculadoras são por uma questão de segurança, para ver se a ficha não é falsificada. Atrás da ficha tem um número de segurança. Você vem aqui, liga e coloca o número. Aí você aperta aqui e esse número grande aparece. É assim que você sabe se a ficha é de verdade”, diz Caine.
“A maioria das minhas vendas eu faço pela internet. É que quase não passa ninguém aqui. Então a chance de o Caine conseguir um cliente é muito pequena. Mas ele está sempre esperando lá na frente, sentado na cadeirinha, tentando convencer alguém a jogar. Mas ele não tem tido muita sorte” afirma o pai de Caine.
“Mas ele nunca desanima: está sempre limpando os jogos, esperando os clientes. Ele só usa essa camiseta sábado e domingo, quando o fliperama funciona. Caine tem muito orgulho dela, porque ele mesmo criou. Quando as férias acabaram, Caine voltou para a escola e começou a contar para todo mundo que tinha seu próprio fliperama. Ninguém acreditava. Ele nem vai com a camiseta na aula, que é pra não ser zoado”, revela o pai.
“Até que um dia, a minha secretária entrou correndo e disse: ‘você não vai acreditar: tem alguém jogando no fliperama do Caine!’ Eu falei: ‘não é possível!’ E aí fiquei vendo pela câmera de segurança”, conta o pai.
“Eu brinquei no futebol e no basquete. Quando eu fazia pontos, ele entrava por trás da caixa e liberava as fichas”, fala o diretor.
“Igual ao fliperama de verdade! As fichas saem de baixo”, mostra Caine.
“Esse moleque é gênio”, diz Nirvan.
“O Nivan voltou um dia e disse que queria fazer um vídeo sobre o fliperama do Caine. Mas aí eu expliquei que tinha um problema: ele era o único cliente”, diz o pai.
“Eu não acreditei! Só eu comprei o passe especial? Mas é uma pechincha”, diz Nirvan.
“Então ele sugeriu trazer alguns clientes. Eu falei: se você conseguir, nem que seja um só, ele já vai ficar muito feliz”, lembra o pai.
“Aí a gente montou um plano pra chamar Los Angeles inteira pra brincar no fliperama do Caine. A ideia era fazer uma surpresa em um domingo à tarde”, diz o Nirvan.
“Eu pensei: ‘Quem vai vir a um ferro velho num domingo à tarde? E aqui, na periferia? Quem vai aparecer’", lembra o pai de Caine.
“Eu criei um evento no Facebook e um amigo publicou em uma página que tem mais de 230 mil fãs. De uma hora pra outra, virou febre”, conta o Nirvan.
“Eu lia os comentários, que diziam ‘eu queria estar aí, moro em Nova York’. ‘Eu queria estar aí, moro na Europa’", diz o pai.
“O plano é levar Caine para comer pizza. Primeiro a gente passa em um fliperama, depois almoça. Enquanto isso, o Nirvan vai preparando a grande festa. O Caine não tem ideia. Vai ter a maior surpresa da vida dele”, avisa o pai do menino.
“A ideia é juntar o máximo de pessoas pra ir ao fliperama do Caine, e ele ter um dia muito feliz!”, afirma Nirvan.
“O Caine está louco para ter um cliente. Ele vai ser o menino que vai ter a maior surpresa desse mundo”, diz o pai.
O pai tenta convencer o menino a ir mais cedo para casa no dia programado para a surpresa. E ele diz: “Não vai dar”.
Ao chegar ao local, o menino dá de caras com uma multidão de clientes.
Em três meses, o vídeo já foi visto mais de 6 milhões de vezes na internet. Mas como será que está a vida do Caine agora, depois que o vídeo rodou o mundo, passou na televisão? Será que ele continua na loja sozinho, sentado na cadeirinha, esperando os fregueses que nunca chegam? Não. O fliperama do Caine agora vive lotado.
Caine diz que ser famoso é legal. E que no começo achava que só ia ter um cliente por dia.
Até na França ele foi parar. Há duas semanas, foi o palestrante mais jovem da história do renomado festival de criatividade de Cannes. "Fui lá e contei como abri meu próprio negócio", ele diz.
E de qual brinquedo do fliperama ele gosta mais? "Da máquina de pegar fichas", ele responde. E explica como funciona: “você entra lá, as fichas voam pelos ares e você tenta pegar”.
O repórter pergunta se ele se assustou com as pessoas que lotaram a porta da loja depois da divulgação do filme. Ele diz que pensou: “Nossa, quanta gente! É mais gente do que eu vi na minha vida inteira”.
E o futuro? O que será que Caine quer fazer daqui a 20 anos? “Construir videogames, fliperamas e karts de corrida”, diz ele.
Antes de terminar, Caine manda um recado para quem viu esta reportagem no Brasil: “Venham jogar!”.
É FORMIDÁVEL.QUE EXEMPLO E INSPIRAÇÃO PARA TODOS NÓS!
(Rosangela Vali)
Na continuidade, venho postar um texto muito significativo sobre MAPAS MENTAIS que encontrei no BLOG da amiga e Psicopedagoga SILVANA http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br, que muito vem a contribuir para nossa prática docente. Sou adepta da Neurolínguistica e aplico algumas tecnicas em sala de aula com muitos resultados positivos. Aproveitem! (Rosangela Vali)
Mapas Mentais, uma Brincadeira de Criança
* Viviani Bovo
Se avaliarmos os manuscritos de algumas das mentes mais brilhantes que conhecemos, talvez nos surpreendamos com o fato de muitos deles não utilizarem única e exclusivamente a palavra como forma de expressão e registro de informações. Leonardo Da Vinci, Einstein, entre muitos outros, tinham o hábito de anotar seus pensamentos, invenções, descobertas e conhecimentos através de símbolos, ilustrações, gráficos, flechas, ícones, além das palavras. Registros que mais se pareceriam com rascunhos ou mesmo as folhas dos cadernos de alunos que desenham durante as aulas. Pesquisadores do aprendizado hoje comprovaram que diferentes formas de expressão gráfica podem indicar um repertório maior de estratégias mentais envolvidas no processamento cerebral de informações e conhecimentos. Segundo pesquisas, essa é a principal diferença que faz a diferença entre aqueles excelentes alunos que, curiosamente, não são os que mais se esforçam!
Hora de fazer o dever de casa! Que hora mais desesperadora para muitos adultos e crianças. Você já deve ter se deparado com a cena de uma criança sentada à mesa, cabeça apoiada nas mãos, totalmente desmotivada em frente ao seu caderno ou livro, com a grande incumbência de fazer sua lição de casa. Nessa situação muitas vezes ela grita por socorro, e lá vai você, normalmente o adulto mais próximo, aventurar-se em ajudá-la. Como você também já passou pelo mesmo processo quando era criança, a primeira coisa que pensa é “Isso é realmente uma tortura, porque será que fazem isso com as crianças?!”. Mas como não pode dizer o que pensou para seus filhos, respira fundo com autoridade e coragem dizendo: “Vamos lá... Você tem que fazer isso, é preciso. Lembre-se que é sua única obrigação como criança”, assim, juntos, fazem daquela próxima hora um verdadeiro sacrifício a dois.
O que normalmente acontece nessa hora é o seguinte, você começa a ler o material de estudo em voz alta junto com a criança, que parece estar atenta, mas a cabecinha dela talvez esteja voando longe. Quando acaba de ler, pergunta se ela entendeu, só por desencargo de consciência, pois você já sabe que a resposta é “não”. Então, do seu jeito, tenta explicar-lhe usando os exemplos do livro e, quem sabe, talvez ainda peça para a criança copiar a lição para poder “decorar” tudo.
A criança até faz tudo aquilo que você mandou, mas com a cabeça na liberdade e diversão que vêm depois disso... E o que resta daquilo que ela estudou? Ou repetiu? Talvez alguma coisa para a próxima prova. Mas para o futuro, que ela possa levar consigo durante mais tempo? NADA!
E tudo o que a criança precisava era de uma boa dose de motivação e diversão, que faria toda a diferença. Mas não se sinta mal por isso, afinal de contas você também não deve ter tido isso dos seus pais, e somente lhe sobra a possibilidade de fazer da mesma forma que aprendeu.
Porém se você deseja ou imagina que tudo poderia ser diferente, só não sabe como, relaxe e continue lendo.
O que a criança quer? Ela quer brincar, quer que as coisas sejam agradáveis e interessantes, e se assim for, aprender é uma conseqüência agradável, e não um objetivo árido.
As crianças amam os lápis e as canetas coloridas, papéis em tamanho grande para serem pintados e rabiscados, assim como os desenhos e a liberdade de fantasiar. Se ainda tiverem companhia para tais aventuras, então muitas se realizam com muito pouco. Então por que você não aproveita tudo isso a favor de ambos? Do aprendizado, da motivação e da diversão dela, enquanto ainda pode tornar as coisas mais fáceis e alegres para si mesmo(a).
Como fazer isso? É muito simples: utilize os Mapas Mentais. Não precisa se preocupar em saber fazer para começar, primeiro você começa e depois que estiver colhendo os resultados com certeza vai querer saber mais sobre essa ferramenta, até acabar descobrindo que é utilizada desde crianças até executivos de grandes grupos empresarias. É uma excelente ferramenta de gestão de informações e de desenvolvimento do raciocínio, enquanto possui uma estrutura valiosa para absorver a atenção e melhorar a qualidade da memória.
Imagine algo simples, muito simples, que qualquer professor de escola poderia utilizar a seu favor, embora normalmente desperdice apenas por ignorância: “O que aconteceria se cada uma das crianças que desenham durante os estudos, aproveitasse essa inclinação ou dom naturais para elaborar ilustrações ou desenhos relacionados com a fixação dos conteúdos da aula?” E se todas aquelas cores e formas, que tanto atraem a atenção infantil, estivessem relacionadas com a necessidade de seus cérebros representarem os conteúdos também numa forma que fosse absorvida pelos seus sentimentos e percepções subjetivas, processadas pelo hemisfério cerebral direito?
Talvez você concorde conosco que a habilidade de pintar ou desenhar que possuímos na infância e adolescência poucas vezes sobrevive às investidas inibidoras de nossa cultura de hemisfério cerebral esquerdo (racionalista e lógica), graças ao esforço de alguns de nossos professores escolares em nos dissuadir de desenvolver tais competências... E se isso pudesse ser utilizado a nosso favor. Possivelmente muitos de nós não teriam se tornado “analfabetos” em cores, formas, desenhos e representações gráficas. Talvez também fosse possível utilizar a música (ou qualquer outro estímulo que seja processado pelo nosso hemisfério cerebral direito) como “instrumento” de focalização de atenção nos estudos, tal qual fazem alguns adolescentes para estudar, cujo rendimento escolar é digno de nota.
Voltando para a nossa criança, como você deve então utilizar os Mapas Mentais? Aqui vão as dicas para você começar a lidar com os deveres de casa de forma divertida e atraente para as crianças e também para si, quem sabe, já que nunca é tarde para resgatarmos nossas habilidades adormecidas:
-Você vai precisar do seguinte material: folhas de papel branco de preferência grandes (A3 ou maior), que você deverá usar na horizontal, muitos lápis e canetas coloridas, recortes de jornais e revistas velhas, adesivos e talvez um tubo de cola;
-Como estudar com a criança passo a passo: você identifica os conteúdos a serem tratados no dever de casa ou na matéria a ser estudada para a prova. Em seguida convida a criança a representar os conceitos-chave do assunto com desenhos ou figuras. Isso é muito divertido se você permitir que a criança faça qualquer tipo de ilustração que represente, para ela, o conceito, mesmo que seja algo abstrato ou o desenho dela seja absurdo – isso não importa. O que mais vale é estimular a criança a se relacionar com o material de forma divertida e criativa, enquanto focaliza sua mente no contexto que lhe servirá de “porta” de acesso aos ambientes mentais nos quais guardará seus conhecimentos, tirando assim o peso da obrigação e ficando na atmosfera de brincadeira cujos sentimentos sejam bons e podem absorvê-la e entretê-la por horas seguidas;
-Depois que tiverem desenhos ou figuras para representar os principais conceitos ou palavras da matéria, convide a criança para começar a montar o Mapa Mental na folha de papel grande... Veja como fazer no exemplo prático que descrevemos abaixo.
Quando o Mapa Mental estiver pronto, você irá se surpreender ao notar que a criança já terá absorvido o conteúdo, enquanto esse mesmo Mapa servirá como material de estudo para ela em próximas ocasiões, não havendo mais a necessidade de recorrer à leitura de todo o material. Outra vantagem é a facilidade com que ela vai memorizar os conteúdos, pois ao utilizar as palavras e os desenhos coloridos para representá-los, estará utilizando todo seu potencial cerebral, ou seja, o hemisfério cerebral esquerdo estimulado pelas palavras (forma linear) e o hemisfério cerebral direito estimulado pelos desenhos e cores. Essa é talvez, a maior diferença das pessoas geniais, elas usam todo o seu potencial, e não apenas a metade dele.
Pense agora a respeito dos valiosos dados colhidos numa pesquisa realizada ao longo de mais de vinte e cinco anos por cientistas do comportamento da Utah University. Testes de criatividade realizados pelo Dr. Calvin Taylor, apresentados no livro do Dr. George Land (“Ponto de Ruptura e Transformação”), indicam uma realidade impressionante: oito tipos de testes de criatividade aplicados num universo de aproximadamente mil e seiscentos indivíduos avaliados em diferentes fases da vida evidenciaram o seguinte: 98% de um grupo de crianças comuns, cuja idade se situava entre três e cinco anos, apresentaram desempenho de criatividade correspondente à genialidade; posteriormente, 32% das crianças, entre oito e dez anos, possuíam grau de gênio; apenas 10%, entre treze e quinze anos, ainda permaneciam “gênios”; e, finalmente, restaram apenas 2% dos jovens adultos acima de vinte e cinco anos com essas competências. Seriam esses dados as evidências que precisamos para projetar uma nova escola?
Agora vamos dar um exemplo prático de como você pode estudar com a criança de forma divertida e muito mais efetiva. Nesse exemplo vamos utilizar um item bem simples do estudo da nossa gramática - vozes verbais. E passo a passo, vamos montar um estudo atraente para a criança, baseado no Mapa Mental:
- verifique qual a matéria ou conceito a ser estudado pela criança. No nosso exemplo, as vozes verbais da Gramática Portuguesa, que são: voz ativa, voz passiva (sintética e analítica) e voz reflexiva (reflexiva e reflexiva recíproca);
- com uma simples passada de olhos pelo livro de gramática você já percebe quais são as palavras chaves que a criança deve aprender, e o que elas representam – dê atenção especial aos negritos, subtítulos e títulos, pois normalmente eles servem para destacar informações;
- sem ler ou explicar previamente a matéria contida no livro de gramática, convide a criança a fazer um desenho, ou encontrar uma figura que represente cada uma dessas palavras: “vozes”, “verbais”, “ativa”, “passiva” e assim por diante – se necessário, explique-lhe o significado das palavras utilizando analogias e metáforas (outro importante recurso de ensino muitas vezes esquecido);
- a criança utilizando-se dos lápis e canetas coloridos desenha o que lhe vem à mente, como já explicamos um pouco antes;
- quando já tiverem alguns desenhos ou gravuras, podem iniciar a confecção do Mapa, pegando uma folha de papel branco de tamanho grande, utilizando-a na horizontal, na qual a criança escreverá bem no centro, com poucas palavras o tema do estudo – no nosso exemplo ela escreverá “vozes verbais”, depois ela desenhará ou colará, bem próxima a essas palavras, o que ela havia criado antes. Para que palavras e desenhos mostrem que são um conjunto de informações, a criança ainda pode envolver esses desenhos e palavras com um círculo, ou com o desenho de uma nuvem, ou ainda um quadrado;
- com um pouco de explicação ou recordação do que a criança já aprendeu na sala de aula, o adulto pode lembrá-la que as vozes verbais estão dividas em três grupos, e propor que sejam colocadas no Mapa. Para isso a criança desenha três linhas grossas que saem do centro (tema), e em cima de cada linha coloca a palavra que representa cada uma das três divisões. Em seguida ela completa com os desenhos ou figuras para cada palavra, que já fez previamente;
- A divisão principal do Mapa Mental então está pronta, agora vamos para subdivisões, procedendo da mesma forma, incluir duas linhas ligadas à linha onde está escrito “passiva”, de forma que possa incluir suas subdivisões: sintética e analítica. Ela deve fazer o mesmo para “reflexiva”;
- Quando a estrutura toda do Mapa estiver pronta, então você pode brincar um pouco com a criança com os exemplos, fazendo como um teatro, de forma divertida onde ela possa participar repetindo ou falando o contra-exemplo daquilo que você fala. Por exemplo: na voz ativa “Eu mordo a sua bochecha”, se ela revidar, ai vem o exemplo da passiva “Minha bochecha foi mordida por um tigre feroz”, e assim por diante. Note que algumas crianças fixam ainda mais as memórias caso sua motricidade ou suas sensações sejam também estimuladas, assim, ao expressar que morde a sua bochecha, por que não brincar de morde-la ao mesmo tempo? Assim que perceber que a criança já falou frases que contenham os três tipos de vozes verbais, então solicite para ela escrever as frases em papeizinhos coloridos e recortados em diferentes formatos (oval, nuvem, retângulo, etc) – “post it” podem ajudar bastante nesse momento;
- Volte para o Mapa e explique onde colocar cada uma das frases dos papeizinhos, que são os exemplos das vozes verbais. Onde se encaixam no Mapa Mental. Ao mesmo tempo providencie que sejam colocados ou colados pela criança na divisão onde devem estar.
Agora veja tudo isso depois de pronto como ficaria em um Mapa Mental:
[ADICIONAR MAPA!]
Legal não é mesmo? Está achando divertido e colorido? Imagine então uma criança o que vai achar! Ela não vai nem perceber que estudou durante esse tempo, pois para ela vocês estavam brincando. Além de obter um rendimento de estudo muito melhor para ela, você será a pessoa mais querida e requisitada para ajudar nos deveres de casa – em breve ela saberá fazer isso tudo com autonomia, enquanto transforma o seu estudo numa oportunidade de prática de várias formas de representar a linguagem que lhe serão extremamente úteis no futuro!
Note que qualquer matéria pode ser estudada com Mapas Mentais, que comprovadamente é uma “ferramenta” poderosa para qualquer tipo de pessoa, não só crianças, como já mencionado. Só para você ter uma idéia do poder dessa ferramenta chamada Mapas Mentais, atualmente ela vem sendo utilizada como auxiliar no estudo para crianças com dislexia, com resultados maravilhosos. Se você quiser ler mais sobre isso visite o site da BBC News e leia uma matéria datada de 14/Abril/2002.
Experimente transformar os deveres de casa em atividades motivantes, divirta-se e depois conte-nos os resultados!
Se quiser poderá nos enviar cópias dos Mapas Mentais que construir junto com suas crianças, pois assim poderemos incluí-los em nosso arquivo, e eventualmente publicá-los no site, como exemplos para outros tantos pais, tios, tias, avós que poderão motivar-se a transformar o momento do dever de casa em diversão.
Mesmo que você tenha estacionado seus dons artísticos naqueles desenhos de sóis, pássaros e casinhas no campo, sem perspectiva ou profundidade, não se lembrando de como combinar melhor as cores, saiba que tais estratégias de expressão podem ser desenvolvidas a partir de onde você parou. Quer você decida ou não buscar o desenvolvimento de tais estratégias mentais a partir de agora, é importante que você tenha em mente que poderá proporcionar aos seus alunos ou filhos uma vida escolar mais produtiva e de menor esforço em decorar ou memorizar os conteúdos, pois, como adultos sabemos que a maior parte deles pouco nos serviram, exceto como informações que, muitas delas, já não correspondem mais à realidade.
Bovo, V. & Hermann, W. – “Mapas Mentais – Enriquecendo Inteligências” – Edição dos autores
FONTE: http://www.congressodeaprendizagem.com.br
Parabéns pelo blog...
ResponderExcluirMuito bom seu conteúdo Rosângela.
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