A leitura é uma atividade cognitiva que implica o envolvimento do sujeito na busca e compreensão de significados.
O ato de ler vai além da simples decodificação de signos.
A decodificação é apenas um procedimento para a leitura. Portanto, ler refere-se à construção de significados, à interpretação do que está sendo sugerido explícita e implicitamente às relações estabelecidas com outros textos já lidos. Diante disso, faz-se necessário a interação das informações textuais com as informações que o leitor já possui, considerando as experiências e leituras anteriores.
Kramer (1998, p. 61), enfatiza que:
[...] alfabetização é um processo de representação que envolve substituições gradativas (ler um objeto, uma figura ou desenho, uma palavra) onde o objetivo primordial é apreensão e compreensão do mundo, desde o que está mais próxima a criança, ao que está mais distante, visando à comunicação, a aquisição do conhecimento, a troca [...]
A prática da leitura deve privilegiar as situações em que o aluno tenha acesso às diferentes modalidades textuais, tais como (textos informativos, poéticos, publicitários, lúdicos, instrucionais...), compreendendo a função a que se destina e o que o constitui. Portanto o texto deve ser explorado nas suas diversas finalidades para o prazer de ler, para a busca de informações e para sistematização dos aspectos estruturais da língua.
Segundo (KATO, 1986):
Sabemos que nos atos de leitura estão sempre presentes dois elementos observáveis; a pessoa que lê e o objeto que está sendo lido. A presença dos dois, entretanto, não basta para assegurar que um ato de leitura esteja sendo efetivado. É necessário que a pessoa atue de determinada maneira sobre o objeto para que sinais externos de realização do ato sejam captados como intensificadores do processo de leitura. Além de interpretar os índices da ação de ler, é também necessário que o objeto com o qual o leitor interage seja intensificado como algo que pode ser lido ou algo que serve para ler.
É imprescindível enxergar com novos olhos o universo mágico e encantador da leitura em sala de aula e, conseqüentemente, entendendo-se toda a prática cotidiana do aluno.
Embasada nessa concepção, destaco que à análise e o questionamento no ato de ler é algo de vital importância no processo de alfabetização, pois possibilita e viabiliza o aluno, o acesso às leituras condizentes com o seu meio e com todas as suas diferenças. A partir desse processo decorrerá à devolução das linhagens ao educando, que muitas vezes, se rebela e resiste a receber conteúdos aplicados em sala de aula, pois o mesmo não consegue ver sentido em sua vivência prática. Portanto, a prática da leitura deve ser mostrada com prazer e alegria, e não como via pura e simplesmente obrigatória de conteúdos frios e distantes do contexto em que o educando está inserido.
DESENVOLVER a LEITURA COM ESTRATÉGIAS:
Atividades que envolvam a leitura de uma gravura, abordando os seguintes aspectos.
-O que sentem ao olhar para a gravura?
- Que cores identificaram?
- Que formas aparecem mais?
- As linhas são retas ou curvas?
- É uma passagem? Está longe ou perto?
- Que nome daria a essa gravura?
- Você gostou da gravura? Por quê?
Atividades com pesquisa de letras e palavras e panfletos, rótulos, propagandas e embalagens.
- Roda de leitura;
- Construção de textos por meio do alfabeto, revistas, jornais e cruzadinhas;
Atividades lúdicas com jogos.
- Dominó de figuras e palavras;
- Cruzadinhas;
- Caça-palavras;
- Bingo de figuras e palavras;
Mini-oficinas pedagógicas com os seguintes temas:
- Construção de jogos educativos;
- Roda de leitura;
- Modelagem de letras e palavras com jornais e massa de modelar;
- Adivinhas e construção de poesias.
Mais Dicas:
Para favorecer as práticas de leitura, algumas condições são consideradas essenciais. São elas:
Referências bibliográficas:
CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o Bá-Bé-Bi-Bó-Bu. São Paulo: Scipione, 1998.
______. Alfabetização & Lingüística. 10. Ed., São Paulo: Scipione, 2002.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. 2. Ed., Rio de Janeiro: 2000.
FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. 16.ed., São Paulo: Cortez, Autores
Associados, 1990.
Guia de estudo para o horário de trabalho coletivo - CENP
Que blog maravilhoso,adorei,está no meu favoritos.Quero uma ajuda,se possível,fiz um selo pro meu blog com gliter também mas a animação não funcionou,como faço pra ficar como o seu? pode enviar dica pro sb.maia@hotmail.com
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