GRUPO na Essência e Era VIRTUAL
Sou adepta de uma ação individual e coletiva voltada a dinâmica nos movimentos que se entrelaçam...
Na escola como professora/educadora procuro facilitar ao máximo a prática dialógica com mediação, recursos, ações e avaliações, onde todos constroem juntos e registram essa construção, que na medida que vai formando sua identidade e história, vai simultaneamente se autoavaliando, elencando os progressos e ajustes necessários no desenvolvimento e resultados das metas programadas.
Gosto de trabalhar muito em grupo e com grupos.
Abordo nesta postagem o tema GRUPO, que foi adaptada e pesquisada por mim e quero compartilhar com todos vocês. Bom proveito! (Rosangela)
GRUPO NA ESSÊNCIA
É um resultado da dialética entre a história do grupo (movimento horizontal) e a história dos indivíduos com seus mundos internos, suas projeções e transferências (movimento vertical) no suceder da história da sociedade em que estão inseridos.
A construção do grupo
Um grupo se constrói através da constância da presença de seus elementos, na constância da rotina e de suas atividades.
Um grupo se constrói na organização sistematizada de encaminhamentos, intervenções por parte do líder para a sistematização do tema em questão.
Um grupo se constrói no espaço heterogêneo das diferenças entre cada participante: da timidez de um, do afobamento do outro; da serenidade de um, da explosão do outro; da seriedade desconfiada de um, da ousadia do risco do outro; da mudez de um , da tagarelice de outro; do riso fechado de um, gargalhada debochada do outro; dos olhos miúdos de um, dos olhos esbugalhados do outro; de lividez de um, do encarnado do rosto do outro.
Um grupo se constrói enfrentando o medo que o diferente, o novo provoca, educando o risco de ousar.
Um grupo se constrói não na água estagnada do abafamento das explosões, dos conflitos, no medo em causar rupturas.
Um grupo se constrói, construindo o vínculo com a autoridade entre iguais.
Um grupo se constrói na cumplicidade do riso, da raiva, do choro, do medo, do ódio, da felicidade e do prazer.
A vida de um grupo tem vários sabores...
No processo de construção de um grupo, o líder conta com vários instrumentos que favorecem a interação entre seus elementos e a construção do círculo com ele.
A comida é um deles.
É comendo junto que os afetos são simbolizados, expressos, representados,
socializados.
Pois comer junto, também é uma forma de conhecer o outro e a si próprio.
A comida é uma atividade altamente socializadora num grupo, porque permite a
vivência de um ritual de ofertas. Exercício de generosidade.
Espaço onde cada um recebe e oferece ao outro o seu gosto, seu cheiro, sua textura, seu sabor.
Momentos de cuidados, atenção.
O embelezamento da travessa em que vai o ao, a “forma de coração” do bolo, a renda bordada no prato...
Frio ou quente?
Que perfume falará de minhas emoções?
Doce ou salgado?
Todos esses aspectos compõe o ritual do comer junto, que é um dos ingredientes
facilitadores da construção do grupo.
Um grupo se constrói com ação exigente, rigorosa do líder. Jamais com a
cumplicidade autocomplacente, com o descompromisso dos envolvidos.
Um grupo se constrói no trabalho árduo de reflexão de cada participante e do líder.
No exercício disciplinado de instrumentos metodológicos, educa-se o prazer de se estar vivendo, conhecendo, sonhando, brigando, gostando, comendo, bebendo, imaginando, criando; e aprendendo juntos, num grupo.
Vida de grupo
1. Vida de grupo tem:
-Alegria, riso aberto, contentamento, folia, concentração.
-Medo, dor, choro, conflito, perdição,desequilíbrio, hipótese falsa, pânico.
-Entendimento, diferenças, desentendimento, briga, busca, conforto.
-Silêncios, fala escondida, berro, fala oca, fria, fala mansa. -Generosidade, escuta, olhar atento, pedido de colo.
-Ódio, decepção, raiva, recusa, desilusão.
-Amor, bem querer, gratidão, afago, gesto amigo de oferta.
2. Vida de grupo tem vários sabores:
-Quente, frio, no ponto.
-Doce? melado? cheiro de hortelã?
-Castanha, chocolate, perfume de canela.
-Salgado? Gelado, cheiro de maçã?
-Palmito, frango, damasco.
-Perfumes vindo da janela, lembrando o cheiro da vida vivida, gosto de hortelã.
3. Vida de grupo dá muita ansiedade, quando não recebo o produto do conhecimento mastigado, pronto, pelo líder. Ele faz mediações com o objeto a conhecer, e se eu,saindo com meu reboliço, meu furacão interno (uterino?), minhas frustrações, ansiedades, POSSO CONSTRUIR, no meu silêncio-fala interna, minha sistematização. Depois, novamente voltando ao grupo,
posso checá-lo, provocando um aprofundamento da mesma, ou não...
4. Vida em grupo dá muita frustração porque, enquanto participante, tenho de romper com meu acomodamento quieto, autoritário... esperando “as ordens” do líder... e quando elas não vêm, descubro que SÓ EU posso LUTAR CONQUISTAR, CONSTRUIR, meu ESPAÇO...
O líder pode possibilitar o rompimento da quietude, mas NÃO A AÇÃO DO CONSTRUIR, do conhecer. Essa, só o participante pode.
5. Vida de grupo dá muito medo porque através do outro constato que sou “dono” do meu saber (e do meu não saber).
Sou dono de minha incompetência, e portanto, RESPONSÁVEL pela minha BUSCAPROCURA de conhecer, de construir minha competência.
6. Vida de grupo dá desânimo porque em muitas situações nos confrontamos com o caos: acúmulo de temas, processos de adaptação, hipóteses heterogêneas.
Caos criador que nos demanda nova re-estruturação –organização. Procura da forma original própria e única adequada ao novo momento.
Vida de grupo (ah!... vida de grupo...)
7. Vida de grupo dá muito trabalho e muito prazer porque eu não construo nada sozinho; tropeço a cada instante com os limites do outro e os meus próprios, na construção da vida, do conhecimento, da nossa história
Grupo é... grupo
A cada encontro: imprevisível.
A cada interrupção da rotina: algo inusitado.
A cada elemento novo: surpresas.
A cada elemento já parecidamente conhecido: aspectos desconhecidos.
A cada encontro: um novo desafio, mesmo que supostamente já vivido.
A cada tempo: novo parto novo, compromisso fazendo história.
A cada conflito: rompimento do estabelecido para a construção da mudança.
A cada emoção: faceta insuspeitável.
A cada encontro: descobrimentos de terras ainda não desbravadas.
Grupo é grupo.
EDUCAÇÃO E
GRUPO NA ERA VIRTUAL
Atualmente, muitos trabalhos têm sido desenvolvidos usando Realidade Virtual (RV) que pode ser definida de uma maneira simplificada como sendo a forma mais avançada de interface do usuário de computador até agora disponível. Os avanços obtidos nesta área indicam que a mesma é bastante promissora para os diversos segmentos a ela vinculados, entre eles a educação.
Uma definição um pouco mais refinada de realidade virtual é a seguinte : "realidade virtual é uma forma das pessoas visualizarem, manipularem e interagirem com computadores e dados extremamente complexos" (Kirner, 1996). Assim, pode-se dizer que realidade virtual é uma técnica avançada de interface, na qual o usuário pode realizar imersão, navegação e interação em um ambiente tridimensional gerado por computador, através de canais multi-sensoriais.O computador e as tecnologias disponíveis permitem a formação de grupos e seu trabalho em situações de tempo e espaço antes impossíveis sem tal tecnologia.
A formação de grupo oferece uma outra série de benefícios, tais como a interação com um conjunto de indivíduos diferentes, a maior diversidade de informações devido a existência de comunicação entre o grupo, melhor adequação aos diferentes perfis dos indivíduos, criando uma identidade grupal que reforça a manutenção e a formação de novos grupos.É muito importante o papel de cada professor como um motivador e facilitador para que esta troca entre todos para que ocorra de forma motivadora e adequada.
CONVITE / DICA:
Se você não faz parte ainda e quiser conhecer...
PASSE e dê uma espiadinha na página do GRUPO dos Professores Virtuais pelo link: http://blogjonathancruz.blogspot.com/
Sensacional esta postagem, Parabéns!!! obrigado mais uma vez pela parceria, tá bom?
ResponderExcluirabraço