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sábado, maio 26, 2012

Alfabetização no Cotidiano



Quando se trabalha com um modo de alfabetizar que visa a transformação, deve-se levar em consideração não só o aspecto cognitivo de uma criança. É importante refletir também sobre os aspectos afetivos individuais, uma vez que o aluno é um ser complexo, de múltiplas dimensões. Com base nisso, foi constatado durante a observação em sala de aula, que o carinho das professoras entrevistadas por seus alunos, cria um ambiente favorável à aprendizagem.

Num mundo em constante evolução, constituído por um panorama histórico e político de idéias diversificadas, faz-se necessário a valorização do homem como sujeito-reflexivo capaz de atuar dialeticamente neste contexto social. Por isso, é necessário que seja realizado um trabalho de alfabetização que valorize a formação de um sujeito autônomo construtor da própria história.

A responsabilidade da escola é garantir a todos os alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania. Assim, o aluno tornará capaz de interpretar diferentes textos que circulam socialmente, de assumir a palavra e, como cidadão, produzir textos eficazes nas mais variadas situações.

Não são os avanços do conhecimento científico por si mesmos, que produzem mudanças no ensino. As transformações educacionais, que raramente acontecem, decorrem primeiramente nas mudanças da finalidade da educação, isto é, acontecem, quando a escola precisa responder às novas exigências da sociedade. Em segundo lugar, na transformação do perfil social e cultural dos alunos.

Sendo a alfabetização um meio de possibilitar o desenvolvimento integral do indivíduo inserido em sua realidade, capaz de questionar, refletir, investigar, descobrir, criticar, torna-se necessário que se realize mediante um processo de construção da leitura e da escrita que permita ao indivíduo, a interpretação do mundo, a compreensão sócio-cultural e a oportunidade de atuar na modificação do mesmo. Num processo construtivo da leitura e da escrita dá-se uma alfabetização para a transformação.

A leitura na escola tem sido fundamentalmente, um objeto de ensino e, para que ela possa constituir também um objeto de aprendizagem, é necessário que faça sentido para o aluno, isto é, a atividade de leitura deve responder a objetivos de realização imediata.

A realização de novas propostas de alfabetização se concretiza através da interatividade entre professor e aluno como sujeitos de uma prática cooperativa instaurada na ação e na reflexão que ambos exercem sobre o objeto do conhecimento a ser desvelado.

A questão metodológica não é a essência da educação, apenas uma ferramenta. Por isso, é preciso ter ideias claras a respeito do que significa assumir um ou outro comportamento metodológico no processo escolar. É fundamental saber tirar todas as vantagens dos métodos, bem como conhecer as limitações de cada um.

Às vezes é preciso voltar às origens, aos princípios básicos, às coisas mais simples e claras para rever alguns pontos a respeito de ensino, aprendizagens e métodos. Existe uma confusão entre ensino e aprendizagem, visando somente o ensino, supondo que a aprendizagem ocorre automaticamente como fruto inevitável do ensino, o que é um pensamento errado, pois um bom trabalho de alfabetização precisa levar em conta o processo de ensino e de aprendizagem de maneira equilibrada e adequada.